Petistas esperam defesa de Vander e querem renovação no partido
Os deputados estaduais do PT defenderam a renovação de quadros no partido, concordando com o discurso do senador Delcídio do Amaral (PT), que afirmou que é preciso acompanhar as mudanças da sociedade. Eles também pediram que não haja "condenação antecipada" a Vander Loubet e que se espere o seu direito defesa.
Pedro Kemp ressaltou que o partido precisa buscar a unidade, para se tornar mais forte nas eleições, assim como renovar seus diretórios municipais. “Tivemos 44% dos votos para governo estadual, ainda temos nomes capazes de vencer nas principais cidades”, garantiu ele.
O deputado Cabo Almi (PT) concorda que a legenda precisa se restruturar e fazer o seu dever de casa, que é justamente “oxigenar” o partido, com novos nomes e projetos. “Não podemos viver sempre as mesmices de sempre, temos que ter quadros novos”.
Já João Grandão (PT) garantiu que apenas alguns “ajustes” já colocaram a legenda no rumo certo. “As nossas políticas sociais nós vamos continuar, pois foram elas que nos colocaram há 12 anos no governo (federal), apesar de dizerem o contrário, o país mudou para melhor com o PT”.
Sobre as eleições, os petistas afirmaram que os candidatos devem ser definidos até o início de 2016. “O PT deve seguir sua política de lançar candidato próprio, com nomes definidos até o início de 2015, , se tiver mais de dois postulantes, pode haver prévias”, ressaltou Kemp, que inclusive é um dos nomes citados para disputa municipal em Campo Grande.
Denúncias – Os petistas fizeram questão de comemorar o arquivamento do processo contra Delcídio, destacando que assim se prova sua inocência e fortalece a legenda, lembrando que estas acusações foram feitas com regularidade durante a eleição. “Houve um pré-julgamento dos fatos e hoje mostra que não estava envolvido”, disse Cabo Almi.
Sobre o deputado Vander Loubet (PT), que teve seu nome incluído na lista de investigação da Operação Lava Jato, os petistas afirmaram que deve ser dar direito de defesa ao parlamentar e não condená-lo de forma antecipada, sem a decisão final da Justiça.
“Posso dizer por experiência própria, fiquei amargando durante oito anos até ser absolvido, mas fui duramente condenado de forma antecipada”, disse João Grandão, que quando era deputado federal teve seu nome citado na Operação Sanguessuga, conhecido como “máfia das ambulâncias, mas depois foi absolvido pela Justiça.