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Política

PMDB debate reforma política e se divide sobre campanha financiada

Ricardo Campos Jr. e Aline dos Santos | 21/03/2015 10:46
Representantes estaduais do partido contribuirão com projeto de reforma política (Foto: Marcos Ermínio)
Representantes estaduais do partido contribuirão com projeto de reforma política (Foto: Marcos Ermínio)
Castro pretende apresentar projeto até o fim do mês (Foto: Marcos Ermínio)
Castro pretende apresentar projeto até o fim do mês (Foto: Marcos Ermínio)

Antes de apresentar projeto de reforma política no Congresso Nacional, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) percorre os estados para conversar e ouvir políticos locais para redigir a proposta. Em visita a Campo Grande neste sábado (21), ele se reuniu com membros do partido e disse que já há consenso em vários pontos, mas as regras para financiamento de campanhas eleitorais ainda gera polêmica.

Hoje, os candidatos recebem dinheiro de pessoas e empresas. O partido, segundo Castro, defende também a participação do estado nos custos. A ideia é que haja um limite de doações e a proibição de uma mesma entidade bancar mais de um político.

No encontro, o senador Waldemir Moka (PMDB), por exemplo, se mostrou favorável apenas ao financiamento privado, com redução de custos e limite de doações, restringindo a participação nas campanhas apenas a pessoas físicas.

Castro adiantou ainda que estará na proposta a realização de eleições gerais, ou seja, um único dia de votação para todos os cargos públicos. No entanto, como mandatos não coincidem, a ideia é prolongar para seis anos a ou reduzir para dois anos a validade das eleições de 2016. Desta forma, em 2018 ou 2022 serão escolhidos, de uma só vez, prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores e o presidente.

Definidos – Já é consenso entre os membros do partido, segundo Castro, pedir o fim da reeleição para os cargos do Executivo (prefeito, governador e presidente), além do fim das eleições proporcionais.

Hoje, quando o eleitor escolhe um candidato, é como se automaticamente estivesse dando, também, um voto para o partido que ele representa. Na hora da contagem de votos, é como se a coligação contasse como uma única legenda.

Dessa forma, no entendimento do partido, uma celebridade que tem um milhão de votos, por exemplo, obviamente fará com que seu partido saia na frente e tenha direito a mais vagas nas Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados.

“O fim das eleições proporcionais evita a proliferação desenfreada dos partidos. Muitas coligações, no fundo, são feitas para terem mais tempo de televisão. Quanto mais famosa a pessoa, mais votos tem. A pessoa famosa puxa o partido e deixa de fora outros candidatos bem votados”, opina Moka.

Castro pretende propor o projeto de reforma política até o fim do mês e revelou que o presidente da Casa está disposto a paralisar os demais temas em tramitação para colocar em debate o texto.

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