PMDB espera que apoio a Serra em 2010 pese na decisão do PSDB
Lideranças do PMDB apostam que o apoio do partido à campanha presidencial de José Serra em 2010 em Mato Grosso do Sul vá pesar na decisão do PSDB, que deve anunciar amanhã (10) à tarde se faz aliança com Edson Giroto (PMDB) ou Alcides Bernal (PP) no segundo turno da disputa à Prefeitura de Campo Grande.
À época, o governador André Puccinelli (PMDB), candidato à reeleição ao Governo do Estado, contrariou a direção nacional da legenda, que apoiava a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), e bancou movimento pró Serra no primeiro e no segundo turno da disputa presidencial.
Tanto que, naquele ano, Mato Grosso do Sul foi uma das unidades da federação em que Serra impôs derrota a Dilma.
Nesta terça, o deputado Júnior Mochi (PMDB) reconheceu como “extremamente importante” o apoio dos tucanos no segundo turno. Para o parlamentar, a campanha em prol de Serra na última eleição presidencial pode contar pontos a favor da reedição da aliança que já perdurou por décadas.
Eduardo Rocha (PMDB) vê a coligação com o PSDB em Campo Grande como um caminho natural. “Os eleitores do Giroto e do Reinaldo são muito parecidos. Hoje, o PT já está apoiando o Bernal. O ex-governador Zeca pode ser secretário. O PSDB vai caber aonde?”, questiona.
Também na torcida pelo apoio dos tucanos, o presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), avalia que Azambuja é “um homem de partido”. Por isso a consulta à direção nacional do PSDB.
Do outro lado, o grupo político formado por PSDB e PPS mantém sigilo. O vereador Athayde Nery (PPS) pregou que a decisão seja partidária e pautada pela maturidade política, acrescentando que qualquer decisão repercute diretamente na eleição de 2014.
Sobre a eleição de 2010, minimizou. “Mas nós sempre apoiamos o PMDB para vencer eleições aqui (Campo Grande)”, desconversou.
Já o presidente do diretório municipal do PSDB, Carlos Alberto Assis, revelou que Reinaldo tem conversado com o grupo político ao longo desta terça. Segundo ele, Azambuja vai levar em conta o diálogo com as lideranças políticas e uma pesquisa encomendada pelo partido.
O levantamento, que deve ficar pronto até amanhã de manhã, ouviu a opinião dos eleitores para saber qual a avaliação e a opinião acerca de que decisão o PSDB deve tomar.
Ainda conforme Assis, Reinaldo já conversou com Giroto e Bernal, além do governador André Puccinelli. No entanto, garante que não está nada decidido. “Nosso maior patrimônio são os mais de 113 mil eleitores que acreditaram em nosso projeto”.