Prefeitura prevê R$ 93 milhões até 2024 para reajuste a professores
Categoria cobrava reajuste no piso e município se comprometeu a integralizar valor até 2024
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), apresentou na tarde desta segunda-feira (21) à Câmara Municipal projeto de lei que oficializa a proposta de integralização do piso nacional dos professores. Marquinhos entregou a proposta ao lado do presidente da ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre.
Lei federal de fevereiro autorizou reajuste de 33,24% no piso, que passou a ser de R$ 3,8 mil. Desde então, a categoria passou a pressionar a prefeitura, que chegou a cruzar os braços. Por fim, houve acordo para conceder o aumento escalonado em dois anos. O município tem 7 mil professores.
Pelo projeto, o município passa a pagar 57,84% do piso em abril; 63,85% em novembro; 66,91% em dezembro; 73,98% em maio de 2023; 81,8% em outubro de 2023; 90,44% em maio de 2024 e 100% em outubro de 2024.
Na justificativa, Marquinhos destaca que os professores terão apenas em 2022 um aumento de 21,5%. Até dezembro, a prefeitura terá uma despesa de R$ 18,3 milhões para iniciar o pagamento da integralização. Já em 2024, a estimativa é um gasto de R$ 93 milhões.
Na reunião, o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), garantiu celeridade na tramitação. “Assumo o compromisso de colocar esse projeto em regime de urgência e votar ele assim que possível”, afirmou.
Tramitando com urgência, a matéria deve ser analisada em plenário pelas comissões e ir direto à votação na mesma sessão. Assim, ela deve ser analisada ainda esta semana.