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Política

Presidente Jair Bolsonaro muda de uma só vez titulares de 6 pastas

Marta Ferreira | 29/03/2021 18:27
Jair Bolsonaro fez mudanças em seis pastas nesta segunda-feira. (Foto: Agência Brasil)
Jair Bolsonaro fez mudanças em seis pastas nesta segunda-feira. (Foto: Agência Brasil)

De uma só tacada,  o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a mudança de titulares de cargos em seis pastas da cúpula do Planalto.

Saem o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que já vinha desgastado há dias, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, conforme já havia sido divulgado pela imprensa nacional. Outro que deixa o governo federal é José Levi, da Advocacia Geral da União.

Com essas saídas, houve trocas em outros cargos de primeiro escalão.

André Mendonça deixa o Ministério da Justiça e Segurança Pública e volta para a AGU (Advocacia-Geral da União). A vaga ficou para o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, ex-secretário do Distrito Federal.

 O ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto, foi colocado na Defesa. O general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, antes titular da Secretaria de Governo, migra para a Casa Civil.

Na Segov, será nomeada a deputada Flávia Arruda, em tentativa lida por quem conhece Brasília como estratégia para melhorar a articulação política.  A parlamentar é do PL do Distrito Federal e tem boa relação com o “Centrão”, grupo político que tem pressionado o governo de Bolsonaro.

Não resistiu – Para o lugar que já era considerado vago desde cedo, de ministro das Relações Exteriores, o presidente escolheu o embaixador Carlos França. Ernesto Araújo pediu demissão do cargo depois de inúmeros desgastes.

A saída dele estava mobilizando até um movimento no Senado por impeachment, instituto que também pode ser usado em caso de integrantes da alta cúpula do Planalto. Vinha sendo criticado pela condução da diplomacia do País desde que assumiu, com episódios que provocaram desgaste, como quando fez piada com o jeito de falar dos chineses.

Para parte da classe política, a presença de Araújo o cargo estava dificultando inclusive as negociações do Brasil relativas a insumos contra a pandemia de covid-19, entre eles vacinas.

As mudanças foram confirmadas em nota assinada pelo Planalto.

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