Problemas em antigas gestões e denúncias contra candidatos marcam 3º bloco
Rose e Giselle questionaram Puccinelli sobre salário dos professores e Contar lembrou denúncias de assédio
No primeiro bloco de perguntas diretas entre os candidatos houve a lembrança explícita de problemas de gestões passadas, seja na Prefeitura de Campo Grande ou no próprio Governo de Mato Grosso do Sul.
As candidatas Rose Modesto (União Brasil) e Giselle Marques (PT) bateram na tecla da desvalorização do magistério durante a gestão de André Puccinelli (MDB) à frente do Estado. Em 2008, quando o piso nacional dos professores foi instituído, o ex-governador acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar a medida.
Rose, por exemplo, disse que Puccinelli já teve oportunidade de mostrar seu serviço, e que avançou em algumas áreas, mas que esqueceu das pessoas. Já Giselle reforçou que valorização mesmo foi no governo de Zeca do PT, anterior ao de Puccinelli, quando colocou cinco folhas de pagamento em dia.
Ao se defender, o ex-governador afirmou para a petista que realmente combateu o piso, mas que “vencido, assumi imediatamente e resgatei o compromisso, elevando o salário dos professores”.
André relembrou, na ocasião que o vencimento saltou do 6º maior para o 3º maior do Brasil e que o PT, se entregou o seu governo melhor que o anterior, “entregaram melhor do que pegaram e eu entregue melhor do que o Zeca. É isso, continuar melhorando”.
Para Rose, André afirmou que é melhor “olhar para frente” e que “quem fez, fará”, falando dos avanços de seu governo, ao que a candidata replicou que “o passado tem muita importância sim, para saber como foi” e o alfinetou dizendo que “manter o compromisso (com os professores) já no final, deixando pro próximo governo resolver, aí não vale né Dr. André?”.
Também foi relembrado por Giselle que a então deputada federal Rose Modesto votou contra os trabalhadores na Câmara Federal, referindo-se a projeto de valorização das empregadas domésticas. Rose não tinha direito à tréplica, tentou ter direito de resposta ao afirmar que “a candidata mentiu”, mas não foi concedido pela organização do debate.
Também houve questionamento de André à Rose sobre a preferência do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) a Eduardo Riedel (PSDB) a ela. Na primeira gestão de Azambuja, a atual deputada federal foi sua vice. Rose apenas afirmou que resolveu concorrer ao governo porque foi “escolhida pelos eleitores” e que não se importa com a avaliação de Azambuja.
Assédio – Renan Contar (PRTB) questionou Marcos Trad (PSD) sobre as denúncias de assédio sexual contra ele, sustentou que a gestão dele à frente da pandemia do novo coronavírus foi “desastrosa” e que a Capital ganhou 35 favelas durante seu mandato à frente da Prefeitura de Campo Grande.
Marquinhos, por sua vez, respondeu que as denúncias são “armação” e que praticamente metade delas já foram arquivadas. “Se fosse você Contar que estivesse na minha situação, esse ataque seria contra você e eu não acreditaria porque conheço sua índole”, replicou. Quanto à pandemia, o candidato do PSD disse que “fez o melhor que pôde” e que nenhuma pessoas “morreu sem estar em um leito de UTI”.
Também houve perguntas entre os candidatos Eduardo Reidel, Marcos Trad, Magno Souza (PCO) e Adonis Marcos (Psol), que se basearam em benefícios sociais, questão indígena e agrária.
Marquinhos questionou a taxa de R$ 23,00 paga pelos pequenos produtores a cada R$ 100,00 vendidos. Riedel, que faz parte do governo Azambuja desde o primeiro mandato, afirmou que o para as emissões via internet não há essa cobrança e que 90% delas são emitidas gratuitamente.