Produtores e empresários almoçam com Aécio, reivindicam e alguns declaram apoio
O almoço do pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, senador Aécio Neves, com cerca de 400 produtores rurais e empresários da indústria, comércio e serviços de Mato Grosso do Sul foi marcado por reivindicações nas áreas de logística e economia e também por declarações de apoio, algumas delas muito entusiasmadas, como a de Alfredo Zanlutti Júnior, presidente da Faems (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul).
Antes e depois de seu pronunciamento, Zanlutti fez questão de expor aos colegas empresários e ruralistas seu apreço pelos pré-candidatos majoritários do PSDB, Aécio Neves (Presidência da República) e Reinaldo Azambuja (governo do Estado). Na fala pública, porém, restringiu-se a expor as revindicações.
Representando a Faems e manifestando-se também em nome da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e Fecomércio (Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso do Sul), Alfredo Zanlutti disse que o anseio hoje da industria e do comércio “não é só votar, mas participar” das decisões de governo que os afetam. Defendeu que Estado deve ser povoado e crescer para ultrapassar Mato Grosso em produção econômica. Também sugeriu mudanças no Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Estado) e Iagro (Agência de Vigilância Sanitária Vegetal e Animal) para “produzirmos em paz”.
Já o presidente nacional do Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), Almir Dalpasquale, colocou três desafios principais para serem resolvidos pelo novo presidente da República: logística, política agrícola e os direitos de propriedade em contraposição com as invasões indígenas. “Estamos cansados de reuniões, protocolos e os resultados nunca chegam. O governo anda lá pra trás, de charrete e não consegue acompanhar o agronegócio”, criticou Dalpasquale, que recentemente esteve reunido com a presidente Dilma Roussef, que tentará a reeleição pelo PT.
Atualmente, segundo Dalpasquale, o setor do agronegócio garante superávit de 40% ao ano para o Brasil. “Se não fosse o agronegócio teríamos um PIB ao inverso”, apontou o líder dos produtores de soja.