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Política

PT radicaliza oposição a Olarte, mas revolta ex-líder de Bernal na Câmara

Kleber Clajus | 02/04/2015 20:08
Petistas (à esquerda) tomaram decisão em apoio a movimento de cultura (Foto: Kleber Clajus)
Petistas (à esquerda) tomaram decisão em apoio a movimento de cultura (Foto: Kleber Clajus)

O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores decidiu intensificar oposição ao prefeito Gilmar Olarte (PP), na Câmara Municipal de Campo Grande. Débitos com a cultura devem conduzir os três vereadores do partido a votar comissão processante, porém Marcos Alex cobra ampliação de debate para que a sigla não se submeta ao isolamento.

Gildo de Oliveira, presidente do diretório da Capital, assegura que desde reunião na semana passada “não há mais questionamento e todos os vereadores vão seguir alinhamento em solidariedade aos companheiros da cultura”.

Atraso no repasse de recursos do Fmic (Fundo Municipal de Incentivo a Cultura) e Fomteatro (Fundo Municipal de Teatro) teriam intensificado o posicionamento dos petistas que diante de pedido do movimento SOS Cultura de comissão processante deve se manter favorável a investigação, com necessidade de ser reapresentada após parecer contrário da procuradoria jurídica da Câmara Municipal.

Para o vereador Marcos Alex, no entanto, ainda é preciso manter postura de diálogo para que não haja isolamento. Ele, que já foi líder do ex-prefeito cassado Alcides Bernal (PP), entende que nova comissão processante “gera instabilidade na cidade”.

Contrário ao processo, admite não pode adotar “dois pesos e duas medidas” e solicitou intervenção de lideranças estaduais para ampliar o debate. “Temos que conversar e não pode ser decisão abrupta. Meu papel ali tem que ser de apontar direção de construção. Quero sentar com o prefeito, pois se votar processante saio do debate. Sou partidário e estou trabalhando por uma solução para a cultura”. Uma delas seria uso do recurso do tapa-buraco para pagamento de projetos e artistas.

Thaís Helena, líder da bancada do PT, pontua que o endurecimento da oposição não se concentra apenas na cultura, mas na necessidade de se “deixar transparente essa questão de crise na Prefeitura”. As dúvidas estariam centradas em aditivos de contratos do tapa-buraco, cortes de plantões na saúde e ausência de corte de comissionados. Tais itens, de acordo com a vereadora, “fragilizam a confiança” na administração municipal.

Em contrapartida, o apoio da bancada a projetos estratégicos do Executivo só deve ocorrer após retomada de diálogo com artistas e produtores culturais. Decisão de obstrução de pauta teve início na semana passada pela oposição, que além dos três petistas conta com apoio de Paulo Pedra (PDT). Luiza Ribeiro (PPS), José Chadid (sem partido) e Derly dos Reis, o Cazuza (PP).

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