Puccinelli diz que rejeitaria ministério, mas indica aliados caso Temer assuma
O ex-governador André Puccinelli (PMDB) acompanhou hoje a votação do impeachment na Câmara dos Deputados e disse que rejeitaria um convite para ser ministro, caso Michel Temer assuma a presidência da República. Porém, afirmou que Mato Grosso do Sul vai tentar um ministério.
"Na época da Dilma especularam que eu seria ministro e eu disse que eu nunca seria convidado por ela, mas se fosse, eu não aceitaria. Agora, diante do novo cenário eu digo o mesmo. Nunca serei convidado, mas se for, eu recusarei", explicou Puccinelli sobre um possível convite para atuar junto a presidência.
Porém, o ex-governador que acompanha o processo de impeachment e deve permanecer em Brasília até amanhã à noite, afirma que Mato Grosso do Sul vai tentar lutar por um ministério. "Não temos obrigatoriamente de ter gente nossa na presidência, mas vamos lutar por espaço", disse ele, logo após a decisão da Câmara de prosseguir com o afastamento de Dilma Rousseff (PT).
Entre as opções para assumir algum ministério, considerando o cenário do vice-presidente Temer como presidente, Puccinelli defende o deputado estadual Carlos Marun (PMDB) no ministério das Cidades ou o senador Waldemir Moka (PMDB) na pasta de Agricultura.
Pretensões - Ao ser questionado sobre a volta para a política sul-mato-grossense, o ex-governador foi categórico ao dizer "não serei candidato a prefeito de Campo Grande". Sobre a disputa pelo governo em 2018, ele diz que também não tem interesse.
"Continuo sendo vovorista", repetiu. A sigla é a junção de avô com motorista, dita por Pucinelli desde que deixou o governo em 2014.