Pucinelli garante que resistiu à pressão e nega apoio ao PT
Depois de fazer mistério sobre o encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, Aluízio Mercadante, na noite de quinta-feira (13), em Brasília, o governador André Pucinelli (PMDB) admitiu, durante seu discurso na manhã de hoje (15), em evento na Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), que o Partido dos Trabalhadores (PT) tentou buscar uma aliança entre as legendas.
Entretanto, Pucinelli disse ter ficado imune ao convite. “Fui me encontrar com Mercadante a pedido do PT. Passaram vaselina e quiseram me convencer, mas eu resisti”.
Ainda durante o discurso, o governador afirmou que Mercadante teria sido gentil no quesito política. E mesmo ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT), que também participou do evento de posse do novo diretor da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul ), Pucinelli não hesitou em demonstrar seu apoio para senador, o que já era esperado.
“O que ele me falou eu levarei ao diretório. Mas vamos continuar fazendo com que Delcídio (do Amaral) continue sendo um bom senador”, disparou.
Com o semblante fechado, Delcídio deu um sorriso discreto ao ouvir este trecho do discurso.
O governador ainda falou sobre os desafios logísticos do Estado e relembrou que ao assumir o governo, ele demorava cerca de 5 horas para viajar de Campo Grande a Rochedo por causa da precariedade das estradas. “Zeca (do PT) não fez porcaria nenhuma”, alfinetou.
Evento - Na chegada ao evento, Puccinelli, que vem resistindo a pressão para disputar o Senado neste ano, posou para fotos ao lado de Delcídio e do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), que é cotado para ser candidato a senador na chapa do petista e que também esteve no evento.