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Política

Rebeldes não reúnem maioria e Dagoberto deve ser eleito presidente do PDT

Lidiane Kober e Leonardo Rocha | 25/06/2015 16:50
Dagoberto deve ser eleito presidente do PDT em convenção nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)
Dagoberto deve ser eleito presidente do PDT em convenção nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)

Depois de adiar por uma semana a escolha do presidente do PDT, deputados rebeldes não conseguiram aglutinar o apoio da maioria, perderam a aliança com João Leite Schimidt e devem assistir o deputado federal Dagoberto Nogueira vencer o confronto e ser eleito para comandar o partido em Mato Grosso do Sul.

“Tenho o voto de mais de 90% dos 78 delegados que vão escolher a executiva estadual”, disse Dagoberto. Na semana passada, ele aceitou adiar a eleição após os deputados estaduais Felipe Orro e Beto Pereira convencer Schimidt a se lançar candidato a presidente para enfrentá-lo.

Dagoberto correu atrás do prejuízo e fechou acordo com o possível concorrente. “Ele (Schimidt) não quer fazer parte (da Executiva), mais pediu para incluir alguns nomes ligados a ele na chapa”, revelou.

O deputado federal ainda frisou que tentou aglutinar Orro e Beto. “Queria o entendimento com 100% do partido, mas isso não aconteceu e, como o prazo vence amanhã (26), agora não mexo mais (na composição da chapa)”, avisou.

Os deputados estaduais confirmaram que não foi possível fechar acordo. “Até o momento não chegamos a um consenso e digo que dificilmente haverá entendimento, não digo 100% porque na política não pode se firmar, mas no momento 99%”, comentou Beto. “Não teve consenso o partido segue sem definição para presidência estadual, não sei como vai acontecer daqui pra frente, se vai ter reunião amanhã”, emendou Orro.

Do lado de Dagoberto, o deputado estadual George Takimoto reforçou que “a maioria dos filiados já concorda com a chapa única com Dagoberto a frente, eu me incluo nesta situação, esta é a ideia de toda turma de Dourados e Naviraí”.

Ele também destacou o recuo de Schimidt. “Se o Schimidt fosse realmente candidato eu iria apoiá-lo, mas ele já retirou o nome, o que existe é apenas alguns dissidentes”, disse. “Também acredito que um deputado federal tem mais condições de reivindicar as ações junto ao Governo Federal, mais talhado para decidir sobre o partido”, completou.

2016 – A disputa tem como pano de fundo a corrida pelo comando da Prefeitura de Campo Grande. Pelo PDT, Dagoberto, Orro e Beto se declaram pré-candidatos. Na concorrência, o comando do partido é fundamental para trilhar o caminho da legenda no pleito de 2016.

Por isso, a importância de ter a maioria na direção do PDT. Dagoberto se adiantou e montou uma chapa, composta por seus aliados. No dia da eleição, na sexta-feira passada, Beto e Orro surpreenderam e ameaçaram lançar concorrência. Na mira, tirar de Dagoberto o comando do PDT para decidir o rumo da legenda na eleição para prefeito.

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