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Política

Reinaldo espera que Justiça não afaste Eduardo Leite da presidência do PSDB

Afastamento afeta comissão do partido, que tem como vice-presidente o governador de MS, Eduardo Riedel

Guilherme Correia e Jackeline Oliveira | 12/09/2023 12:39
Governador de MS, Eduardo Riedel; governador do RS e presidente do PSDB, Eduardo Leite; e ex-governador Reinaldo Azambuja, durante evento na Capital (Foto: Alex Machado)
Governador de MS, Eduardo Riedel; governador do RS e presidente do PSDB, Eduardo Leite; e ex-governador Reinaldo Azambuja, durante evento na Capital (Foto: Alex Machado)

O ex-governador e presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, afirma ao Campo Grande News esperar que o Poder Judiciário recorra da decisão de afastar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), da presidência nacional do partido, que exercia desde fevereiro. A Justiça entendeu que o mandato foi estendido de forma irregular.

A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, declarou a nulidade da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional e de todas as decisões tomadas por ele desde 6 de julho de 2022, quando o mandato foi estendido de forma considerada irregular. A sigla aguarda notificação para tentar recorrer.

“Acho que eles vão recorrer e vão reverter isso, na segunda instância, porque é uma coisa esdrúxula. A decisão da prorrogação não foi uma decisão unilateral, foi uma decisão no colegiado. E o colegiado, ao meu entender, é soberano para as tomadas de decisões. Então, acho que nós temos que aguardar o recurso que o partido, a nível nacional, vai fazer, porque eu acho que essa decisão cai na segunda instância”, comentou Azambuja.

Entretanto, Leite entende que deverá continuar no comando da sigla até nova eleição, que deve ser feita em até 30 dias.

Com isso, a atual Comissão Executiva, que havia sido formada em fevereiro deste ano, será dissolvida. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), exerciam cargos de vice-presidentes no colegiado e também terão de deixar seus postos.

O autor da ação foi o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando (PSDB), que alegou que o gaúcho deveria ter deixado o posto em 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.

Ao defender-se na ação, o comando do PSDB argumentou que a decisão que prorrogou do atual órgão executivo se deu por unanimidade e que o próprio Morando anuiu com a votação e foi beneficiado com a prorrogação de mandato. A Justiça, porém, rechaçou o argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite ficaria como presidente do PSDB até novembro, não fosse decisão de segunda-feira (11).

Na decisão, a juíza afirma que a prorrogação do mandato só poderia ocorrer uma única vez, pelo prazo máximo de um ano.

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