Reinaldo vai encaminhar auditoria para MPE e Tribunal de Contas
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que vai encaminhar a auditoria feita nas contas do governo estadual, e sobre as obras que ficaram inconclusas, aos órgãos fiscalizadores, entre eles MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), TCE (Tribunal de Contas Estadual) e TCU (Tribunal de Contas da União). Ele espera que estes possam tomar as devidas providências em relação aos números apresentados.
“Esta sera a última vez em que vou falar do passado, daqui para frente vamos tocar o governo e realizar nossos projetos, se alguém quiser contestar os números apresentados nesta auditoria, que fique a vontade em fazê-lo, que nós iremos apresentar a documentação correspondente”, disse o governador.
Reinaldo ponderou que já tinha enviado o relatório preliminar para os órgãos de controle e que agora vai encaminhar os números e toda a apuração completa, para que não fique nenhuma dúvida sobre a “herança” deixada pela antiga administração. “Estas dívidas comprometeram as finanças do Estado, por esta razão tivemos que reduzir os investimentos em áreas prioritárias, mas mesmo assim não vamos deixar de atacar setores que são essenciais, como a saúde, educação e segurança”, pontuou.
O tucano ressaltou que a divulgação deste material se trata de uma “obrigação do gestor”, que deve mostrar as diferenças entre o que foi passado no período de transição, assim com o que foi encontrado em seu mandato. “Nós vamos concluir todas as obras inacabadas, sendo 80% até 31 de dezembro de 2015, restando apenas para 2016 aquelas que possuem contratos com duração maior”, explicou ele.
Sobre as obras que pretende começar de imediato, lembrou que algumas são essenciais, entre elas escolas, hospitais, agências fazendárias e rodovias importantes para população. “Temos o exemplo de Dourados, da rodovia Guaicurus, que liga a população aos centros universitários, vamos seguir os coronogramas contratos para terminá-las”.
Reinaldo explicou durante a apresentação da auditoria, que recebeu o governo estadual com dívida de R$ 143 milhões com pessoal, entre estes os valores referentes a folha de servidores com empréstimos consignados e previdência, assim como R$ 110 milhões em dívidas com fornecedores, entre elas empresas de manutenção e limpeza, contratos de publicidade. Chegando então a dívida de R$ 253 milhões.
“Parte disto o governo já assumiu com o pessoal, até para que os servidores (consignados) não fossem negativados, estamos parcelando e cumprindo com nossos deveres, a lógica seria a antiga gestão deixar estas contas no resta a pagar e não cancelar os empenhos”, disse ele.
Em relação as obras que faltam ser concluídas, o governo estadual irá gastar R$ 578.801.346,31, no entanto falta no caixa do executivo a quantia de R$ 192.353.809,64, que segundo o tucano, a antiga administração não deixou o recurso disponível.