Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado Federal
Votação secreta foi acirrada, mas parlamentar garantiu a presidência por mais dois anos
Por 49 votos a 32, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito em primeiro turno nesta quarta-feira (1º), em votação secreta, para o cargo de presidente do Senado e do Congresso Nacional pelos próximos dois anos. Ele disputava contra Rogério Marinho (PL-RN), que tinha o apoio de dois senadores por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD).
Em seu discurso, ele afirmou que o Senado aprovou medidas para viabilizar a vacinação da população contra covid-19 durante a pandemia, defendeu “responsabilidade fiscal” e fez apelo pela reforma tributária.
Ele também garantiu independência da Casa de Leis, em relação ao Executivo, bem como fiscalizar o Poder Judiciário. Em 2021, o mineiro recebeu mais votos favoráveis, 57. O número mínimo de votos é 41.
A candidatura dele contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seis partidos: PSD (15), MDB (10), PT (9), PSB (4), PDT (3) e Rede (1). No primeiro mandato, Pacheco também foi apoiado pelo Planalto, mas, na ocasião, Jair Bolsonaro (PL) era o presidente.
Neste ano, Marinho foi o candidato de oposição ao governo Lula e reuniu a ala apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado a seu favor. Bloco composto por PL (13), PP (6) e Republicanos (4) deu apoio à candidatura do ex-ministro do Desenvolvimento Regional. Além desses, ele conquistou três votos de parlamentares do PSD.
O primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), conduziu a eleição e negou a possibilidade de revelar o voto, que é secreto. Nem parlamentares e nem partidos poderiam indicar qual candidato escolheram. Aliados de Marinho e também o próprio candidato protestaram, já que usariam o voto aberto como estratégia para demonstrar força diante de Pacheco.