Sem patrimônio quando entrou na política, prefeito diz ter ficado rico
Durante podcast da cidade, Marcelo Iunes declarou ser bem de vida e que enriqueceu com laboratório
O prefeito de Corumbá Marcelo Iunes (PSDB) revelou durante entrevista no podcast da cidade ter ficado rico. Vereador por três mandatos e concluindo o segundo como administrador da cidade, ele declarou pela primeira vez em 2008 patrimônio de R$ 70 mil já na segunda vereança.
Quando entrou na vida pública em 2000, Marcelo não teve bens declarados, em 2004, ano em que se candidatou a vereador pela segunda vez, o atual prefeito também não declarou bens, somente em 2008, quando se reelegeu na câmara, Iunes declarou o patrimônio de R$ 70 mil. Em 2012, o patrimônio subiu para R$ 340 mil, já em 2014, quando disputou pela última vez o cargo de vereador, declarou o valor de R$ 404 mil em bens.
Em 2016, Marcelo Iunes foi candidato a vice-prefeito e declarou patrimônio de R$ 592.408. Em 2020, pela primeira vez como candidato a prefeito, Iunes apresentou declaração de bens no valor de R$ 854.339,11. Em 2016, ele assumiu a prefeitura, após o prefeito Ruiter Cunha falecer.
Durante o podcast AlaVoti que durou mais de 2 horas, Marcelo Iunes afirmou que ficou rico e bem de vida, mas garante que foi antes de se tornar prefeito. “Eu fiquei rico, fiquei bem de vida, fiquei com meu laboratório, 15 anos com o laboratório, ganhei muito dinheiro, ajudei muita gente, mas ganhei muito dinheiro”, afirmou o prefeito.
Nesse ponto da entrevista, o apresentador faz um adendo: “vamos deixar claro porque o pessoal fala que o prefeito ficou rico depois de ser prefeito”, e Marcelo explica: “Não, não, eu tinha minha casa bem antes de ser prefeito, eu tinha meu clube bem antes de ser prefeito, meus terrenos, graças a deus eu não adquiri nada depois que fui prefeito”.
Durante a transmissão, o prefeito conta que vive uma vida boa, “ganho um salário de quase R$ 30 mil, minha mulher ganha quase R$ 20 mil, então é uma vida muito boa”, declara.
O laboratório que o prefeito menciona é o Citolab, que em 2020 foi alvo de da PF (Polícia Federal). Até o ano de 2017, o laboratório tinha dois proprietários, José Batista Aguillera Iunes e Amanda Cristiane Balancieri Iunes, respectivamente irmão e esposa do prefeito.
Conforme já noticiado à época pelo Campo Grande News, em maio de 2017, Amanda Iunes deixou a sociedade, quando a empresa mudou de nome: de A.C.B. Iunes (iniciais de Amanda) para J.B.A. Iunes (iniciais de José). Em 2020, o Portal da Transparência da Prefeitura de Corumbá mostra que foram pagos R$ 45.297 à empresa JBA Iunes, com reserva de R$ 364.431 no orçamento municipal.
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