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Política

Sem previsão de sair, senador Delcídio completa dois meses preso

Parlamentar já teve pedido de liberdade negado

Mayara Bueno | 25/01/2016 10:02
Senador Delcídio do Amaral; parlamentar está preso desde novembro. (Foto: Arquivo)
Senador Delcídio do Amaral; parlamentar está preso desde novembro. (Foto: Arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT) completa, nesta segunda-feira (25), dois meses preso. Em novembro passado, o parlamentar foi detido em Brasília, em desdobramentos da Operação Lava Jato, porque estaria atrapalhando as investigações, ao tentar dificultar a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.

Desde então, o parlamentar, mantido inicialmente na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, foi transferido para o presídio militar, teve a prisão mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e Senado, e agora aguarda o retorno dos trabalhos do judiciário e legislativo para entrega de nova defesa.

Segundo a PGR (Procuradoria Geral da República), que já denunciou o senador ao STF, ele teria agido de forma a dificultar a colaboração premiada de Cerveró, com o objetivo de evitar que fosse divulgado seu envolvimento nas possíveis irregularidades da Petrobras. O petista ainda foi gravado oferecendo um plano de fuga ao ex-diretor.

Havia cogitação, até agora negada pela defesa, em torno de o senador aderir à delação premiada, o que foi reforçado quando o parlamentar contratou o advogado Antonio Figueiredo Basto, em dezembro passado, especialista em acordos de colaboração. Ele é responsável pelo processo de colaboração do doleiro Alberto Yousseff. Além disso, há informações de que o petista teria voltado a manifestar irritação com o governo e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

De acordo com a assessoria de comunicação de Delcídio, o senador segue na mesma situação e os advogados preparam novo pedido de liberdade, a ser entregue assim que os trabalhos no STF forem reabertos. Sobre sua condição, a assessoria disse que “ele segue tranquilo, dentro das possibilidades”. O senador petista, que está com a filiação partidária suspensa, cumpre prisão preventiva, quando não há prazo para acabar.

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