ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 15º

Política

Senadora de MS “puxa” debate sobre regulamentação de cigarro eletrônico

Soraya Thronicke destaca que o Supremo está prestes a descriminalizar a maconha

Aline dos Santos e Jackeline Oliveira | 31/08/2023 12:48
Soraya Thronicke durante reunião no Senado. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Soraya Thronicke durante reunião no Senado. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Apesar de proibidos pelo Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009, os cigarros eletrônicos podem ganhar uma “madrinha” no Senado Federal.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou a realização de audiência pública sobre os chamados “vapes” e o Senado Federal aprovou requerimento para que Comissão de Assuntos Sociais promova o debate, que ainda não foi agendado.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Ao Campo Grande News, a senadora disse que já foi “absolutamente contra”, mas se informou melhor, além de destacar que o STF (Supremo Tribunal Federal) está prestes a descriminalizar a maconha.

“Há possibilidade de regulamentar. Estamos estudando e nos informando com especialistas. Ainda não formei meu convencimento. Eu era absolutamente contra, mas me informei mais sobre o assunto, com base em casos provenientes de 80 países que já regulamentaram”, afirma Soraya.

Jovem mostra cigarros eletrônicos, os vapes, que são proibidos pela Anvisa. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Jovem mostra cigarros eletrônicos, os vapes, que são proibidos pela Anvisa. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Sobre o que motivou o pedido de audiência, a senadora afirma que o número de usuários tem crescido absurdamente. “E não sabemos o que estão inalando ou fumando”.

O senador Nelsinho Trad (PSD) é contra a liberação do cigarro eletrônico. “Até por ser médico, tenho posicionamento contrário ao uso e consumo de coisas nocivas à saúde. Sou a favor da conscientização. Esse cigarro faz mais mal do que o cigarro tradicional”, diz o parlamentar.


Senador Nelson Trad Filho (PSD) durante entrevista (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Senador Nelson Trad Filho (PSD) durante entrevista (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A reportagem não conseguiu contato com a senadora Tereza Cristina (PP) para saber a opinião sobre o tema.

Atualmente,  o cigarro eletrônico é protagonista de um jogo de empurra no quesito fiscalização. Desta forma, circula livre, leve e solto, principalmente na boca dos jovens, fascinados pela roupagem moderninha e sabores variados.

Mesmo sem ter a queima do tabaco, o modelo eletrônico é como o tradicional: faz mal à saúde. Ambos contêm nicotina e podem causar doença respiratória

O atomizador dos eletrônicos libera substâncias cancerígenas. Já foi identificada uma doença associada ao dispositivo, trata-se da Evali, termo em inglês para injúria pulmonar associada ao cigarro eletrônico. Os sintomas são tosse, falta de ar, cansaço e opressão torácica.

O alerta também se estende para a dependência da nicotina, que aumenta níveis de estresse, ansiedade e nervosismo quando o uso é interrompido.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias