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Política

Senadora de MS reafirma voto pelo impeachment e fala em 'recomeço'

Michel Faustino | 11/05/2016 15:53
Senadora Simone Tebet (PMDB-MS) foi a 15ª discursar na sessão do impeachment no Senado. (Foto: Arquivo)
Senadora Simone Tebet (PMDB-MS) foi a 15ª discursar na sessão do impeachment no Senado. (Foto: Arquivo)

A senadora Simone Tebet (PMDB) reafirmou seu voto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde desta quarta-feira (11), durante discurso na sessão que ocorre no Senado. Para Simone, a destituição da presidente deve 'abrir caminho para um recomeço'.

'Eu me sinto no dever constitucional de admitir o seguimento do processo de impeachment. Meu voto não é pelo destino de uma só pessoa, e sim do país. Hoje todos os setores estão paralisados. É importante um bom clima para semear. Eu voto a favor do impeachment por achar que esse governo semeou o joio e não o trigo. Espero que esse processo represente um recomeço para que o país retome o seu crescimento.”, disse.

A senadora iniciou a fala saudando a população sul-mato-grossense e reiterou a importância e responsabilidade do processo. Simone ressaltou que, atualmente, o Brasil vive um dos momentos mais difíceis e perigosos da história com vários setores estagnados.

“O país não está parando, está completamente parado. Vivemos uma paralisa não só na economia, mas em diversos setores. Reflexo disso é os altos índices de desemprego que chegam a casa dos R$ 11 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho. Aliado a isso, temos as maiores taxas de juros do mundo, condições que desanimam qualquer um. Desde investidores a população do país”, disse.

Por fim, a senadora repudiou discurso de que o processo de impeachment seria golpe, sendo conduzido respeitando todos os preceitos constitucionais.

“O impeachment é um processo altamente democrático, sendo, inclusive, referendado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Fizemos exaustivas analises ao longo de duas semanas e voto sim com base em todos os indícios de materialidade dos atos de improbidade”, comenta.

Até agora, 16 dos 18 senadores que já falaram indicaram apoiar o impeachment. O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB) será o 27º a discursar.

Sessão - A primeira a discursar foi a senadora Ana Amélia (PP-RS) e o último será o senador Benedito de Lira (PP-AL). Cada senador terá 15 minutos para seu discurso. A sessão está dividida em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da votação.

Desde o início da sessão, que começou com uma hora de atraso, os discursos têm sido contra o impeachment, com parlamentares argumentando e pedindo a suspensão do processo até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue o mandado de segurança impetrado pelo governo. A solicitação foi negada. Opositores do governo defendem a continuidade do processo e dizem que Dilma ofendeu a lei de responsabilidade fiscal.

Se aprovado hoje, Dilma será afastada por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume, quando começa a contar o prazo da apuração do processo em sim, com o recolhimento de provas e defesa da presidente. No fim deste prazo, uma nova votação ocorre; se ficar comprovado que Dilma cometeu irregularidades, ela deixa o cargo definitivamente, se ela for inocentada, volta para a presidência.

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