Servidores boicotam protesto, mas sindicato confirma greve
Sisem alega que a greve já foi votada em assembleia e começa dia 18
Os agentes comunitários de saúde não compareceram ao protesto em frente à Prefeitura, convocado pelo sindicato que representa a categoria para começar às 11h20. Mais cedo, parte deles esteve com o prefeito Alcides Bernal (PP), que reafirmou o reajuste de 9,57% e aceitou as duas reivindicações da classe: dobrar o valor da bolsa alimentação, de R$ 160 para R$ 320, e aumentar em 20% a produtividade SUS, que hoje é de R$ 354.
No entanto, Bernal não oficializou o reajuste, nem a melhoria dos benefícios, como muitos esperavam. O prefeito alegou que aguarda a validação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por conta da lei eleitoral, dizendo ter “receio de ser novamente cassado caso inflija qualquer lei”.
Do outro lado, o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande) rebate o anúncio de Bernal, apontando que bolsa alimentação e produtividade SUS não entram na Lei de Responsabilidade Fiscal e nem na Eleitoral. “A questão que tange a lei eleitoral é referente apenas ao índice do reajuste, que deve recompor a inflação dos últimos 12 meses”, rechaçou o presidente do sindicato, Marcos Tabosa, enquanto aguardava os agentes na porta da Prefeitura.
Mesmo com a baixa adesão, Tabosa confirmou a greve dos agentes comunitários de saúde, indicada para iniciar na próxima segunda-feira (18), e que envolve 1.300 servidores. Segundo o sindicalista, a maioria presente na reunião com prefeito eram agentes de saúde pública e agentes de combate a endemias, o que corresponde a aproximadamente 700 pessoas e que estes não devem parar. “A greve envolve apenas os agentes comunitários e vai acontecer”, finalizou.