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Política

Servidores rejeitam abono de R$ 200 e ameaçam greve geral no dia 2

Antonio Marques | 09/04/2016 11:34
Servidores públicos rejeitaram o abono de R$ 200,00 oferecido pelo governo do Estado (Foto: Antonio Marques)
Servidores públicos rejeitaram o abono de R$ 200,00 oferecido pelo governo do Estado (Foto: Antonio Marques)

Os servidores públicos de Mato Grosso do Sul rejeitaram a proposta do governo do Estado de abono de R$ 200,00 e aprovaram indicativo de greve geral a partir do dia 2 de maio, se as negociações não avançarem até la.

A decisão que rejeitou a proposta do governo foi tomada por unanimidade e aconteceu agora pela manhã em assembleia geral unificada que ocorreu na sede da ACP (Sindicato Campograndense dos Profissionais da Educação Pública), no centro da Capital. Participaram do evento as categorias que compõem o Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul.

Após a rejeição, os participantes da assembleia aprovaram indicativo de greve geral do funcionalismo estadual a partir do dia 2 de maio, caso até esta data, o governo não atenda as expectativas das diversas categorias.

Nessa semana, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que o abono de R$ 200,00 representa aumento de 10% para 70% do funcionalismo estadual e que seria o valor que o Estado poderia oferecer no momento, considerando a situação da crise econômica que o País estaria enfrentando e o cumprimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que condiciona o gasto com a folha de pagamento com a receita estadual.

O índice é variável de acordo com o valor do salário do servidor. Para os que tem maior salário, o abono representa 4,4% de aumento e os que ganham menos, o índice pode chegar a 20% de reajuste.

Os servidores propuseram ao governo a reposição salarial pelo índice do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), que é de 16,14%, relativo aos meses de dezembro de 2014 a abril deste ano.

Para o presidente do Sintess/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), Alexandre Costa, a maioria dos servidores quer negociar ganho real no salários, além do índice do Dieese, que significa apenas a reposição. “Cada categoria aqui tem suas reivindicações em separado, mas todos são contrários ao abono”, afirmou.

Na reunião desta manhã, além de representantes do setor da saúde, também teve boa participação dos servidores da segurança pública, administrativos da educação e do Estado. Após a reunião, cerca de mil servidores, de acordo com a organização, saíram em passeata pelas ruas do centro da Capital, para solicitar apoio da população.

Depois da caminhada, acompanhada por um caminhão de som, os servidores fariam uma concentração para um ato público na Praça Ary Coelho.

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