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Política

Simone Tebet deve aceitar Planejamento, mas impõe condições

Entre elas, está a de que os bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal fiquem sob responsabilidade da pasta

Lucia Morel, com CNN Brasil | 26/12/2022 18:52
Simone Tebet no dia de votação do segundo turno das eleições deste ano. (Foto: Kísie Ainoã)
Simone Tebet no dia de votação do segundo turno das eleições deste ano. (Foto: Kísie Ainoã)

A senadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB) pode mesmo assumir o Ministério do Planejamento no futuro governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República. Para isso, no entanto, ela deve apresentar algumas condições, conforme foi aconselhada por correligionários.

Entre os cenários apontados por ela, conforme a CNN Brasil, está a de que os dois bancos públicos, do Brasil e Caixa Econômica Federal fiquem sob responsabilidade da pasta. Sob o domínio do Planejamento deveriam ficar também a reforma administrativa, o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e a indicação de um conselheiro para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A orientação é de um grupo de aliados da mdebista e teria sido dado no fim de semana. Para o grupo, no formato atual, a pasta não seria benéfica para o futuro político da senadora, que foi candidata à sucessão presidencial neste ano.

Tebet ainda teria sido recomendada a solicitar a Lula uma espécie de carta branca para a função. Ou seja, de que não tenha suas decisões contestadas pela cúpula nacional do PT. O encontro dela com Lula é esperado para esta terça-feira (27). Ela chega a Brasília hoje à meia-noite, conforme assessoria de imprensa.

Resistências - as eventuais exigências enfrentam, no entanto, resistências entre dirigentes petistas, que defendem que o PPI fique a cargo da Casa Civil e que os bancos públicos sejam de responsabilidade do Ministério da Fazenda.

Mesmo com o cardápio de exigências, Tebet não esconde em conversas reservadas que gostaria de uma pasta com apelo social, como o Desenvolvimento Agrário ou Cidades.

Para dirigentes emedebistas, no entanto, a tendência é de que o Cidades fique com a bancada do partido na Câmara dos Deputados. E o Desenvolvimento Agrário deve ser assumido por Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa.

Outra alternativa seria encaixar a senadora no ministério das Cidades, mas a vaga é pleiteada pelo MDB da Câmara e não chegou a ser oferecida a Tebet. Segundo aliados, emissários de Lula sinalizaram com os ministérios do Meio Ambiente, que deve ficar com Marina Silva, e com o Turismo, que a senadora rejeitou.

Hoje Banco do Brasil e Caixa estão sob o guarda-chuva do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é de que ambos os bancos sejam comandados por mulheres, que foram escolhidas por indicação do presidente eleito Lula.

Já BNDES fica no guarda-chuva do futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o vice-presidente Geraldo Alckmin. O presidente do BNDES será Aloizio Mercadante.

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