Simone Tebet fala em erradicar a miséria e igualdade de salários
Simone foi a última candidata à presidência a ser entrevistada no Jornal Nacional
Ultima candidata à presidente a dar entrevista no Jornal Nacional, nesta sexta-feira (26) Simone Tebet (MDB) defendeu políticas para as mulheres, falou em erradicar a miséria em quatro anos e disse que "tentaram puxar" seu tapete no partido. A resposta surgiu logo após questionamento de Willian Bonner sobre a suposta dificuldade de Simone em conseguir apoio para a sua candidatura, dentro do próprio partido, durante o período de pré-campanha. Tebet atribuiu a resistência ao momento de polarização que o país vive, mas disse que esse é um desafio superado. “A minha candidatura não vem para dividir”, pontuou.
Um dos temas de maior importância tratados durante a entrevista, diz respeito aos direitos das mulheres. Caso seja eleita, Simone afirmou que um dos primeiros projetos que irá pauta é o que propõe “igualdade salarial entre homens e mulheres” nos mais diversos ofícios do mercado de trabalho. Quando se trata de economia, Simone garante que tem em sua equipe alguns dos “melhores economistas liberais do Brasil”, preparados para equilibrar as contas do país, mas também elaborar uma política que priorize o povo.
“Nossa agenda prioritária são as pessoas, erradicar a pobreza e acabar com a forme”, comenta. A sua fórmula para acabar com a miséria no país envolve uma criteriosa reforma tributária que simplifique os impostos sobre o consumo, e abrange ainda a taxação das grandes fortunas do país.
"Quando nós falamos em erradicar a miséria, é, de um lado garantir, a transferência de renda para quem está precisando. Isso vai cair à medida que o cidadão vai entrando no mercado de trabalho. Do outro lado, é garantir escola de qualidade", disse a candidata.
No campo da educação, Tebet falou em mais investimento nos salários dos professores, como forma de assegurar a qualidade de ensino. Simone ainda foi questionada, sobre a sua proposta de criar um "seguro de renda" para trabalhadores informais. "É um FGTS para os informais que estão no Auxílio Brasil, e já tem números e valores. A cada declaração, ele vai dizer o quanto ele realmente ganha na informalidade. . É um pedreiro, trabalha uma vez por semana e ganha R$ 150, R$ 190 na semana. Então ele chegou no final do mês, recebeu R$ 800, nós vamos depositar 15% desse valor", disse.
Em sua considerações finais, Simone Tebet afirmou.
“Eu quero ser presidente da república porque o Brasil precisa seguir um caminho diferente. Não é possível continuar como está o Brasil precisa de união, de amor e de cuidados verdadeiros. Nós vamos colocar as pessoas em primeiro lugar, para acabar com a fome e com a miséria, porque eu sou mãe, sou professora, sou advogada, tenho experiência. Fui prefeita, reeleita com 76% dos votos, antes fui deputada estadual, vice-governadora e hoje sou senadora. Tenho experiência e hoje sou ficha limpa, por isso eu vou estar todos os dias pedindo autorização para entrar na sua casa. Para poder olhar nos seus olhos, uma campanha simples, direta para poder falar para vocês como nós vamos apresentar soluções reais, para os problemas reais da população brasileira. Comida mais barata, educação e saúde de qualidade, emprego e renda esse é o nosso compromisso. Para isso eu preciso da sua confiança, do seu apoio e do seu voto. Meu número é 15 e é assim, junto com amor e coragem que nós vamos mudar o Brasil de verdade”, concluiu.
Entrevistas com os candidatos - Simone foi a última candidata à presidência a ser entrevistada pelos apresentadores Willian Bonner e Renata Vasconcelos. Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT) também foram ouvidos nesta semana. A ordem foi definida em sorteio realizado em 1º de agosto com representantes dos partidos definiu as datas e a ordem das entrevistas. Foram convidados os cinco candidatos mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de julho: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e André Janones (Avante), que depois retirou a candidatura.