Suplente do PDT entra na Justiça para ficar com vaga de Marcos Tabosa na Câmara
Roberto Mateus quer cassar diplomação de colega para ser eleito vereador na Capital
O candidato Roberto Mateus, suplente do PDT na eleição deste ano, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral para cassar a diplomação do colega de partido, Marcos Tabosa, que foi eleito vereador na Capital. A intenção é ficar com sua vaga na Câmara Municipal.
O argumento é que o sindicalista não se descompatibilizou da presidência do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais), no prazo previsto.
A ação aberta na 8ª Zona Eleitoral de Campo Grande destaca que Tabosa deveria deixar o cargo de presidente do Sisem até quatro meses da eleição, em 14 de agosto, mas que existe apenas sua saída da função de servidor municipal em 11 de agosto.
Também cita que depois deste prazo, ele continuou se apresentando como representante do Sindicato, como na comissão eleitoral do Sindasp (Sindicato dos agentes de segurança patrimonial estadual), no dia 27 de agosto, representando a categoria. Ainda consta sua manifestação em processo sobre este pleito em 14 de dezembro.
No processo ainda há postagens nas redes sociais que vinculam Tabosa como eventual presidente do Sindicato. Sobre a Justiça Eleitoral, lembra que estes fatos não geraram “indeferimento” da sua candidatura, porque não eram de conhecimento naquela oportunidade.
“Estou apenas correndo atrás dos meus direitos e a Justiça vai se pronunciar sobre os fatos”, disse Roberto Mateus em entrevista ao Campo Grande News.
Defesa – Já Marcos Tabosa, que foi diplomado na última quarta-feira (16), afirmou que esta ação tenta “induzir a Justiça ao erro” e que vai apresentar toda a documentação mostrando que se descompatibilizou da função de presidente do Sisem, no prazo adequado.
“Colocaram no processo até fotos antigas, de cinco anos atrás, além disto eu participei da comissão eleitoral do Sindasp como cidadão e nós vamos provar que não houve qualquer irregularidade”, disse ele ao Campo Grande News.
Tabosa revelou que o juiz já solicitou as “contrarrazões” e que ele vai enviar sua defesa. “Estou acostumados com estes ataques e sempre estou preparado para guerra e paz. Existem setores políticos que estão tentando nos impedir de assumir a cadeira de vereador”, argumentou.
Processo – A questão será avaliada pelo juiz eleitoral, Paulo Afonso de Oliveira, que depois de receber os argumentos dos lados envolvidos irá proferir a sentença. Quem perder a batalha ainda pode recorrer ao pleno do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral). A posse dos novos vereadores de Campo Grande vai ocorrer no dia 1° de janeiro.