‘Temos a vaga ao Senado para o PSDB’, diz André sobre aliança com tucanos
Ex-governador está em Dourados e disse que conversa com Geraldo Resende e Marçal Filho; “estão descontes lá”, afirmou
O ex-governador André Puccinelli disse hoje que sua chapa nas eleições deste ano tem uma vaga ao Senado destinada ao PSDB. A afirmação foi feita ao ser questionado sobre eventual aliança entre os dois partidos. André está em Dourados, a 233 km de Campo Grande, onde participa na noite desta sexta de encontro regional do partido.
“Temos a vaga de Senado aberta ao PSDB. O MDB será cabeça de chapa. As outras posições serão discutidas, não comigo, mas com o partido”, afirmou o ex-governador.
O senador Waldemir Moka, que acompanha o ex-governador na visita a Dourados, disse que “não existe a menor possibilidade” de André não ser candidato ao governo, ao ser perguntado se poderia ser o plano B da legenda, caso o presidente estadual do MDB não entre na disputa.
Filiações – André Puccinelli disse que além de abonar a ficha de filiação do deputado estadual George Takimoto – que deixa o PDT e hoje à noite assina com o MDB – também conversa com outras lideranças douradenses sobre eventual ingresso no partido.
“O Geraldo [Resende, deputado federal filiado ao PSDB] veio conversar conosco, não especificamente comigo, mas conversou com o senador Moka e se disse insatisfeito do lado de lá. Já conversei com o Murilo [Zauith, filiado ao PSB], vou conversar com o Marçal Filho [vereador pelo PSDB], e vou conversar com todos que queiram conversar conosco. O PMDB é o partido que recebe a todos de braços abertos”, afirmou.
Recentemente, Geraldo Resende disse que sairia do PSDB se o partido do governador Reinaldo Azambuja fechasse aliança com o ex-prefeito Murilo Zauith. “Todos aqueles que não têm o fígado na ponta da língua são interessantes para o PMDB”, disse André ao ser lembrado sobre a posição de Geraldo em relação a Murilo, que foi vice-governador no primeiro mandado de Puccinelli.
Marasmo – André afirmou que desistiu de se aposentar da política e se candidatar novamente a governador devido ao “marasmo danado” em que se encontra Mato Grosso do Sul. “Precisamos sacudir novamente o estado, que está estagnado. É isso que nos move, trabalhar para que o futuro de Mato Grosso do Sul seja maior e melhor”.
O ex-governador chamou de “injustiças” as denúncias de seu envolvimento com casos de corrupção no governo e citou trecho da decisão do desembargador Paulo Fontes, do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, que em maio do ano passado mandou retirar a tornozeleira colocada por decisão da Justiça Federal no âmbito da Operação Lama Asfáltica.
“Eu respondo como o desembargador respondeu: ‘determinamos a imediata retirada do dispositivo, visto que injusta, abusiva e ilegal’”, disse André se referindo à tornozeleira.
O ex-governador disse que ainda não existe investigação contra ele, mas apenas “denúncias feitas” que estão sendo acatadas pela justiça para que ele possa ser investigado. “Sequer neste momento há investigação em curso”.