TJ-MS adia pela quarta vez sessão em que Olarte e outros réus seriam ouvidos
Processo em questão trata de enriquecimento patrimonial ilícito e lavagem de dinheiro
Pela quarta vez sessão que analisaria recurso do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pedindo aumento da pena aplicada ao ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), além de outros envolvidos em ação de compra de imóveis, foi adiada.
Agora o pedido partiu da defesa do Evandro Farinelli, apontado como laranja do pastor no suposto esquema de enriquecimento patrimonial ilícito e lavagem de dinheiro. Assim como nas outras vezes, a solicitação para adiar as oitivas ocorreu às vésperas da sessão, até então remarcada pela terceira vez para esta terça-feira (31), às 14h.
Advogado Diego Barbosa alegou nos autos que já havia audiência agendada para mesma data e horário em outro caso que atua. Desembargador José Ale Ahmad Netto analisou e deferiu o pedido, sem citar nova data.
Na semana passada, Olarte conseguiu o mesmo feito ao contratar advogada que reside em Dourados e alegar que tanto ele quanto a própria profissional do Direito precisavam estudar com mais afinco o processo para que sustentação oral fosse feita de melhor forma.
Em novembro passado o pedido para retirar o caso de pauta partiu da ex-primeira-dama e agora ex-esposa de Olarte, Andréia Nunes Zonelato. À época, exatamente a mesma justificativa foi dada: advogado que a defende teria audiência com outro cliente e não poderia comparecer.
Caso – Na ação principal sobre o caso, Olarte foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, Andreia a quatro anos e três meses e Evandro a três anos e seis meses, no entanto, todos puderam recorrer da condenação em liberdade respeitando medidas cautelares.
O ex-prefeito é o único que está preso em regime semiaberto, mas por sentença oriunda de outro processo. Enquanto o trio tenta reverter as penas, o MP-MS trabalha em recurso para aumentá-las.
De acordo com o órgão, o agora ex-casal comprou uma casa, quatro lotes e três chácaras para lavar dinheiro desviado da Prefeitura enquanto estavam à frente do Executivo. Uma das compras foi efetuada em Votuporanga, interior de São Paulo, cidade natal de Andréia. Evandro e outras duas pessoas teriam sido usados como laranjas no esquema.