TJ vai interrogar amanhã Ari Artuzi e 10 réus da Owari
Está marcado para amanhã, às 8h30, o interrogatório do prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (expulso do PDT), na ação penal pública gerada pela Operação Owari, realizada pela Polícia Federal em julho do ano passado.
A ação foi a primeira a apontar irregularidades na administração de Artuzi, preso desde setembro deste ano, quando uma nova operação, a Uragano, identificou desvios de dinheiro e fraudes em licitações, em novo esquema que seria chefiado pelo prefeito.
Além de Artuzi, devem depor à Seção Criminal do TJ (Tribunal de Justiça), 10 réus no processo, entre eles o empresário Sizuo Uemura, acusado de conseguir o monopólio dos serviços funerários de Dourados de forma irregular, com o conhecimento das autoridades municipais.
Para ser interrogado, Artuzi terá de deixar a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, onde está depois de ser transferido no dia 22 de outubro, após ter ficado em duas delegacias da Polícia Civil.
Não foi revelado se será montado um esquema especial de segurança para o transporte do prefeito afastado. Nas duas ocasiões em que ele foi transferido de delegacias, o motivo alegado foram ameaçadas contra a vida dele.
O TJ autorizou que Artuzi fosse processado em agosto deste ano. O interrogatório é o primeiro passo para o seguimento da ação em que ele é acusado de fraude em licitações e formação de quadrilha.
Foi nesta ação que o Tribunal decidiu afastar Artuzi do cargo, após a prisão por conta a Operação Uragano. Os desembargadores entenderam que solto ele poderia comprometer o andamento do processo.
Além de Artuzi, são réus e devem ser ouvidos amanhã o empresário Sizuo Uemura, o filho dele Eduardo Takashi Uemura, o vereador Sidlei Alves (ex-presidente da Câmara de Dourados), que também está preso, o vereador Humberto Teixeira Júnior, e os ex assessores da prefeitura, Jorge Antônio Dauzacker da Silva, Astúrio Dauzacker da Silva, Paulo Henrique Amos Ferreira, Sandro Ricardo Bárbara e Darci Caldo.
Artuzi tenta no STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrubar a decisão que autorizou o processo contra ele. Não há ainda pronunciamento do tribunal.