Vander lidera evolução de patrimônio entre todos investigados da Lava Jato
O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) lidera evolução de patrimônio entre os 20 dos 48 políticos investigados por envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Conforme levantamento do jornal O Globo, seus bens cresceram 22.000% ao considerar declarações de bens realizadas a Justiça Eleitoral em 2002, no 1º mandato do parlamentar, e 2014.
Quando concorreu pela primeira vez, em 2002, Vander declarou poupança e título de capitalização que somavam R$ 2,3 mil. Já em 2014, os bens evoluíram para R$ 1,1 milhão com a inclusão de chácara (R$ 350 mil), lancha (R$ 20 mil) e R$ 182 mil em dinheiro. Ao jornal, o deputado justificou que a mudança é “totalmente compatível” com sua renda.
No levantamento se considerou que as eleições de 2002 foram as últimas antes do início das fraudes na estatal, em 2004, além dos dados anteriores a 2014 terem passado por correção do IPCA, índice que mede a inflação.
Outros nomes também integram a lista de maiores evoluções como da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA), do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), do senador Gladson Cameli (PP-AC), dos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Afonso Hamm (PP-RS), além do ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL).
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff e do ex-governador José Orcírio Miranda, figura em última posição no levantamento. No período de 2006 a 2014, ela aumentou seus bens de R$ 736 mil para R$ 1,4 milhão (96%).
Conforme a assessoria da petista, a elevação foi ocasionada pela inclusão de apartamento ainda não quitado de R$ 1,1 milhão, em Curitiba (PR). Contudo, o imóvel consta com valor integral na declaração de Imposto de Renda feita pela senadora em 2013.