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Política

Vereador Ayrton de Araújo é o primeiro a chegar para depoimento no Gaeco

Paulo Yafusso e Michel Faustino | 02/09/2015 14:18
Vereador Airton do PT chega à sede do Gaeco e diz que veio como convidado a ajudar na investigação (Foto: Fernando Antunes)
Vereador Airton do PT chega à sede do Gaeco e diz que veio como convidado a ajudar na investigação (Foto: Fernando Antunes)

Aparentando tranquilidade, o vereador Ayrton de Araújo (PT) chegou à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) acompanhado de dois advogados para prestar depoimento sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), ocorrida em março do ano passado. Ele afirmou que foi convidado a ajudar nas investigações, prestando algumas informações.

Araújo afirmou que está a disposição do Gaeco para prestar todos os esclarecimentos. Ele foi notificado a prestar depoimento, por ter como padrinho político o deputado estadual Cabo Almi (PT). É que numa das conversas entre os empresários João Baird, da Itel Informática, e Fábio Portela Machinsky, Cabo Almi foi citado. Os empresários faziam as contas de quantos vereadores já teriam para conseguir derrubar Bernal.

Na conversa telefônica, Baird pergunta a Fábio, conhecido como Fabão, quantos vereadores poderiam votar pela cassação, no que Fabão responde: “Todo mundo faz a conta de 22. Na minha conta pode ser 23, podendo chegar a 24. O Almi, ele não disse nada até agora. Era para ser ontem dez horas da noite a conversa, não foi, aí ele pediu para ser hoje de manhã, não foi. Ele não disse ó, não vamos fazer”.

Como o deputado é o padrinho político do vereador Ayrton de Araújo, há suspeita de que os empresários estavam tentando negociar com o Cabo Almi o voto do vereador pela cassação. Ainda hoje deverão ser ouvidos no Gaeco o próprio deputado do PT, e o atual secretário de Governo de Alcides Bernal, Paulo Pedra.

Na época da cassação, Pedra fez parte do grupo de 6 parlamentares que votaram contra a retirada de Bernal do poder. Os outros vereadores foram Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza (PP) , e os petistas Zeca, Ayrton de Araújo e Alex.

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