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Política

Vereador reaparece e diz que não tem dinheiro para comprar votos

Antonio Marques | 26/11/2015 16:15
Vereador reapareceu hoje e falou, pela primeira vez, sobre a cassação (Foto: Divulgação)
Vereador reapareceu hoje e falou, pela primeira vez, sobre a cassação (Foto: Divulgação)

Depois da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou os mandatos de três vereadores na Câmara Municipal na terça-feira, 19, o vereador Wanderlei Pinheiro de Lima, Delei Pinheiro (PSD) voltou nesta quinta-feira (26) a participar da sessão. Ele alegou que estava fazendo um tratamento odontológico e, por isso, teria sido recomendado a permanecer de repouso.

Delei Pinheiro disse que ficou abatido não pela cassação, mas pela forma como aconteceu o julgamento. Ele questiona o fato de ter sido considerado culpado no mesmo processo em que havia mais quatro vereadores. “Eram quatro vereadores, dois que praticaram e mais dois que não praticaram compra de voto”, afirmou.

O vereador não citou nomes, mas deixou claro que ele e a Thais Helena não teriam culpabilidade no processo, mas Alceu Bueno e Paulo Pedra teriam praticado a compra de votos. “Como hoje existe uma caça a políticos, colocaram eu e a Thais neste volume”, comentou por serem julgados coletivamente.

O vereador justificou ser de origem humilde e que teve sete mil votos (foram 6.939 votos) e que jamais teria condições de comprar essa votação. “No meu caso foi a decisão, pois não havia nada contra mim”, declarou. É a mesma linha de defesa da vereadora Thais Helena.

O vereador Delei Pinheiro contou que foram encontrados apenas dois comprovantes de combustível, o que serviu para incriminá-lo. “Como eu conseguiria comprar sete mil votos com dois tíquetes de combustível”, questionou.
Delei disse que vai continuar participando das sessões na Câmara até que seja publicado o acórdão do TSE com a decisão. “Vamos aguardar o acórdão para apresentar o recurso, pedindo os esclarecimentos dos votos dos ministros.

Quero que eles se manifestem sobre o meu processo”, declarou ele, acreditando que se os ministros analisarem caso a caso vão rever a situação dele.

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