Vereadores derrotados nas urnas reclamam das coligações
Três dos quatro vereadores que disputaram a eleição em Campo Grande neste ano e foram derrotados nas urnas reclamaram, durante a sessão desta terça na Câmara Municipal, da disposição das coligações.
Para Marcos Alex (PT), o ex-governador Zeca do PT, candidato mais votado na disputa, não funcionou como “puxador de votos” que o partido esperava.
Segundo ele, Zeca teve participação destacada na campanha com participação no programa de televisão de Vander Loubet (PT) e, no entanto, não superou a casa dos 15 mil votos, marca que era esperada para puxar outros candidatos.
Com cerca de 3 mil votos, Alex terminou a disputa como primeiro suplente da coligação e disse ter plena certeza de que ainda pode voltar a ocupar uma cadeira na Casa de Leis na próxima legislatura.
Ele também analisou a disputa e acredita que o desempenho de Alcides Bernal (PP) e Reinaldo Azambuja (PSDB) reduziram a votação do PT. Para ele, a dupla aglutinou a maioria dos votos da oposição, o que influenciou a votação aos vereadores petistas.
“Política é isso. Pode ganhar ou perder, pode ser que volte ou não”, disse, garantindo que irá fazer campanha para Bernal no segundo turno.
Já Magali Picarelli (PMDB), que terminou a disputa como primeira suplente, com 5.204 votos, também reclamou da coligação. Disse que seu desempenho está dentro das grandes votações, no entanto, diante de um cenário pulverizado de candidatos, acabou ficando de fora, mesmo com candidatos de outros partidos, com menores votações, que acabaram por se eleger.
Magali disse que a legislação eleitoral, que prioriza a votação pela coligação, “é injusta” e que tem certeza de que a população “gostaria que os mais votados” fossem eleitos.
Com 5.106 votos, Loester Nunes (PMDB), que encerrou a disputa como segundo suplente, enxergou um “recado das urnas”. Para ele, se a reeleição não veio, é um sinal de que está “na hora de parar”. “Tem que entender isso”, comentou, avaliando que esta foi uma disputa "difícil, pesada”.
Loester ainda frisou que esta foi sua última campanha. Argumentou que esteve numa chapa que não estava completa e, dentre os candidatos, 11 ou 12 tinha possibilidade de grande votação, sendo que oito buscavam a reeleição.
“Sou contra um partido entrar numa chapa sem ter condições de eleger pelo menos um candidato sozinho”, opinou, revelando que vai se dedicar, a partir do ano que vem, de forma exclusiva à medicina.
O outro vereador que disputou os votos dos campo-grandenses neste ano, mas não se elegeu, foi Clemêncio Ribeiro. Ele não compareceu à sessão nesta terça.