Vereadores voltam atrás em projeto que proibia bandas com músicas ofensivas
Texto foi retirado de pauta para evitar críticas como as de censura

Os vereadores Gilmar da Cruz (PRB) e Lucas de Lima (Solidariedade) voltaram atrás e retiraram, nesta terça-feira (3), um projeto de lei que proibia uso de recursos públicos na contratação de bandas com músicas que incentivam a violência ou o constrangimento de mulheres, homossexuais e afrodescendentes. Texto tramitava desde o ano passado.
Gilmar explicou que, internamente, a proposta enfrentava resistência entre os vereadores, sendo até mesmo classificada como eventual censura. "Disseram que não ia ser bom por impedir muitas bandas de vir para Campo Grande", pontuou, sem citar o nome de colegas.
Conforme Lucas, há interesse dos dois autores em aprimorar o texto para deixá-lo mais claro quanto ao tipo de bandas não aptas a receber financiamento do município. "Não queremos que seja uma censura e ficou subjetivo o que queríamos. Vamos adequar [o texto]", disse.
Na prática, caso fosse aprovado, o projeto de lei vedaria "a contratação de artistas que em suas apresentações, desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres, os homossexuais e os afrodescentes a situação de constrangimento" durante eventos públicos, no rádio, TV e internet. Tudo seria avaliado pelo Conselho e Fundação Municipal de Cultura.