Vice-governador vai a Assunção para fortalecer laços entre MS e Paraguai
José Carlos Barbosa, o "Barbosinha", representará Eduardo Riedel na posse de Santiago Peña
Com compromisso de passar a mensagem de união já estabelecida pela Rota Bioceânica, o vice-governador de Mato Grosso do Sul José Carlos Barbosa (PP), popularmente conhecido como "Barbosinha", irá representar o Governo do Estado na cerimônia de posse de Santiago Peña, novo presidente do Paraguai, marcada para a tarde desta terça-feira (15), em Assunção, capital paraguaia.
Em rápida entrevista ao Campo Grande News, o vice-gestor afirma que o encontro promete mais que aproximação, "uma saudação de laços".
"Não há dúvidas sobre a consolidação de Mato Grosso do Sul diante o evento. A posse de Peña veio exatamente para trazer essa mensagem, de que queremos cada vez mais nos aproximar deles. Estamos indo com uma mensagem de amizade, cordialidade, e que promete unir Mato Grosso do Sul ao Paraguai. São laços econômicos, culturais e turísticos se fortalecem diante as obras da Rota Bioceânica", disse José Carlos a reportagem.
Em julho, o governador Eduardo Riedel (PSDB) esteve em Assunção acompanhado dos deputados estaduais Gerson Claro (PP) e Paulo Correa (PSDB). Eles participaram de uma reunião na embaixada do Brasil, acompanhados de ministros paraguaios.
Quem é Peña? - Eleito com 42,74% dos votos, em 30 de abril, Santiago Peña, de 44 anos, é ex-ministro da Economia do Paraguai e mantém a hegemonia de mais de 70 anos do Colorado, partido com espectro político de direita. Essa foi a segunda vez que ele se candidatou: em 2018, ele perdeu as primárias para o atual presidente, Mario Abdo Benítez.
Entrevistado pela revista Veja no início de agosto, o novo presidente prometeu olhar mais atento para fronteira do país vizinho com o Brasil. Perguntado da presença de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada de Ponta Porã por uma avenida, o governante diz que mudanças na legislação permitirão esforço conjunto das policiais para combater a criminalidade.
Peña afirmou que não reforçará o trabalho da segurança, mas quer investir mais em saúde e educação na fronteira paraguaia, por exemplo, ou Brasil e Paraguai continuarão fazendo “jogo de gato e rato” com bandidos.
“Uma lei de segurança nacional, que permite que policiais e militares trabalhem em conjunto na região, ajudou, mas ela não impede que os bandidos migrem de uma cidade à outra. O plano é aumentar a presença do Estado não só com segurança, mas com escolas, postos de saúde, estradas, tudo para diminuir a influência dos criminosos. E trabalhar em regime de maior cooperação com o Brasil”, finalizou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.