Mãe
Mãe é um ser divino, inefável, diáfano. Mãe é mais que um ser, é uma instituição. É a grande parceira de Deus para proliferar a humanidade. Sem mãe, sem mulher, não existiria a raça humana.
Em nosso país, o segundo domingo do mês de maio é consagrado como o Dia das Mães. Mãe, esse ser sublime, angelical, divino, que recebe a missão de conceber e de dar à luz um novo ser, deve ser sempre cantada e louvada de todas as formas possíveis. A maternidade diviniza a mulher, conferindo a ela uma aura de respeitabilidade e de merecimento, de reverência.
A grande função da mulher, sem dúvida alguma, é a maternidade. Fico pensando o que é ser mãe. A mulher recebe o espermatozóide que fecunda o óvulo, que vai evoluindo, transforma-se no seu interior, passando a viver com ela. E que mexe com todo o seu consciente, subconsciente e inconsciente. Causa uma verdadeira transformação física, mental e espiritual.
Dando tratos ao pensamento, me veio um questionamento: Alguém sabe o nome da mãe de Buda, de Confúcio, de Maomé, de Sócrates? Eu não sei. Mas o nome da mãe de Jesus, todos sabemos. Por quê? Porque ela acabou ficando no inconsciente coletivo como símbolo maior da maternidade.
Maria, como mãe devotada de Jesus, mesmo não sabendo muito bem o que Ele fazia, nunca deixou de ser-lhe totalmente fiel e dedicada. Quando, em certa ocasião, foi procurá-lo junto com seus demais filhos, ficou mais uma vez perplexa e confusa: “Quem é a minha mãe e quem são meus irmãos?” Essa afirmação de Jesus, deve tê-la deixado atônita. Afinal, ela era sua mãe. E assim, Ele deixou mais um ensinamento: todos somos irmãos. Mesmo assim Maria continuou a acompanhá-lo e a assisti-lo em tudo o que podia. E o acompanhou devotadamente até o seu calvário na cruz.
Maria é um ser tão fantástico que, ao longo dos tempos, suscitou uma devoção que se traduziu em diversas canções, músicas e óperas como, por exemplo, a sublime Ave Maria, que desperta nos corações das pessoas uma rara emoção, mesmo naqueles que não são católicos. A melodia é de autoria do compositor francês Charles Gounod.
Em todos os países onde a Igreja Católica se estabeleceu, foi concebida uma Nossa Senhora como protetora, como divulgação do culto a Maria. Até na China, onde a padroeira é Nossa Senhora de Sheshan.
A oração que é dedicada a Maria, a Ave Maria, consta de duas partes; a primeira na forma como o Anjo Gabriel se dirigiu a ela:
Salve Maria, cheia de graça,
o Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres.
A segunda parte, que se difundiu lentamente, foi divulgada no breviário publicado em 1568, por ordem do papa Pio V:
Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Jesus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da nossa morte,
Amém.
Houve uma discussão se Maria seria considerada como mãe de Jesus, ou mãe de Deus. Prevaleceu a segunda hipótese, na visão de que Jesus seria Deus. A discussão gira em torno da divindade de Jesus, que na minha opinião não é Deus, embora seja considerado o Ser mais evoluído já encarnado em nosso planeta. No meu entendimento deveria prevalecer a primeira fórmula – que é como eu rezo –, embora não seja mais católico, tenho uma reverência toda especial por Maria.
O que resulta de tudo isso é que nesta comemoração do Dia das Mães ressalta de forma magistral a figura de Maria.
(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.
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