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Educação e Tecnologia

Baixa popularidade e vazamentos de dados levam ao fim do Google+

Adriano Fernandes | 08/10/2018 23:48
Rede social da gigante de tecnologia não caiu nas graças dos usuários pelo mundo. (Foto: Reprodução)
Rede social da gigante de tecnologia não caiu nas graças dos usuários pelo mundo. (Foto: Reprodução)

Após o vazamento de dados de cerca de 500 mil usuários, além da baixa popularidade pelo mundo o Google anunciou o fim do Google+ nesta segunda-feira (8). Um erro nas interfaces de programa de aplicação permitiu que ao menos 438 aplicativos conectados ao serviço, acessarem dados restritos dos usuários, segundo a empresa.

A empresa não consegue precisar a extensão dos perfis afetados, mas afirma não haver evidências sobre o uso indevido das informações ou o envolvimento de desenvolvedores de programa no caso — que já foi resolvido.

O Google, em comunicado oficial, indica a vulnerabilidade de dados presentes em campos estáticos e opcionais da rede social, como nome, endereço de e-mail, ocupação, sexo e idade. No entanto, reforça a integridade de conteúdos postados ou conectados ao Google+, por exemplo, mensagens, dados da conta do Google, números de telefone ou conteúdo do G Suite.

Para os usuários se adaptarem, o encerramento vai durar 10 meses, com fim em agosto de 2019. Nos próximos meses, a plataforma fornecerá informações adicionais, que incluem formas de baixar arquivos e migrar dados.

Além da ameaça à segurança, outro fator considerado para o encerramento da rede social foi a falta de adesão dos usuários, conforme o Techtudo. O baixo uso e engajamento, com menos de cinco segundos de atividade em 90% das sessões, também foram relevantes.

O Google também admite que as análises internas mostraram uma dificuldade em desenvolver e manter APIs e controles para os interessados na plataforma. As investigações da empresa sobre o assunto começaram no início de 2018, com o lançamento do Projeto Strobe, a fim de rever o acesso de desenvolvedores tercerizados às contas e dispositivos Android. Além da política de obtenção de dados via apps.

Com esse investimento, foi possível detectar o bug em março deste ano e corrigir imediatamente, de acordo com o comunicado. Eles acreditam que a brecha foi possível por causa de um defeito na atualização do software, na época. Entretanto, o caso só chegou a público hoje, com o pronunciamento oficial no blog do Google.

Vale ressaltar que o regulamento geral de proteção de dados da União Européia exige que as companhias de tecnologia informem problemas com violação de dados pessoais em até 72 horas após a detecção do ocorrido.

Exceto em casos onde não há riscos aos direitos e liberdade dos usuários. No entanto, o Gigante de Buscas optou por "analisar o tipo de dados envolvidos, se a identificação dos usuários afetados era possível, se havia alguma evidência de uso indevido e se havia alguma ação que um desenvolvedor ou usuário pudesse realizar em resposta. Nenhum desses limites foram atendidos nesta instância".

A companhia decidiu redirecionar os investimentos no Google+ para atividades corporativas, com o lançamento de novos recursos, e informações a serem divulgadas nos próximos dias.

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