Após morte de motociclista, Câmara Municipal debaterá segurança na BR-163
Aberta ao público, audiência na sexta (7) discutirá segurança no trecho que dá acesso ao Jardim Noroeste
Após a morte de um motociclista e protestos de moradores do Jardim Noroeste, a Câmara Municipal de Campo Grande realizará, na próxima sexta-feira (7), uma audiência pública para discutir a segurança e infraestrutura da BR-163, com foco no acesso da Rua Água Azul ao bairro.
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Após a morte de um motociclista na BR-163, a Câmara Municipal de Campo Grande realizará uma audiência pública para discutir a segurança no local. O evento, marcado para sexta-feira, reunirá moradores, especialistas e autoridades para debater soluções. A concessionária CCR MSVia, responsável pela rodovia, recusou o convite para participar, alegando já ter medidas provisórias planejadas. A ausência foi criticada por vereadores, que cobram explicações sobre a segurança na rodovia, palco de frequentes acidentes. A morte recente de Roger Almeida, de 33 anos, gerou protestos e pressão por melhorias.
O evento está marcado para as 9h, no plenário da Câmara Municipal, localizado na Avenida Ricardo Brandão. A reunião reunirá moradores do Jardim Noroeste, especialistas em mobilidade urbana, representantes do poder público e autoridades do setor de infraestrutura para debater soluções e cobrar providências.
A audiência foi solicitada pela Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos da Câmara, presidida pelo vereador Flávio Pereira Moura, o Flávio Cabo Almi (PSDB), e tendo como vice-presidente o vereador Wilton Candelório, o Leinha (Avante). Também integram a comissão os vereadores Marcos Trad (PDT), Riverton de Souza, o Professor Riverton (PP), e Landmark Rios (PT).
Na sessão do dia 27 de fevereiro, o vereador Professor Riverton mencionou que a concessionária CCR MSVia recusou o convite para participar da audiência pública. Durante a sessão, ele apresentou um documento oficial em que a empresa alega que já implementará uma medida provisória no local, justificando assim sua ausência no debate com a comunidade.
O vereador classificou a atitude da concessionária como um desrespeito à população e aos legisladores. “A CCR Vias precisa dar explicações sobre o que está acontecendo. Há anos essa rodovia registra acidentes graves, pessoas estão morrendo, e nada é feito. O que justifica essa omissão? Cadê o compromisso com a segurança da população?”, questionou Riverton.
Morte recente - A audiência pública atende a uma demanda urgente da população do Jardim Noroeste, que há anos enfrenta dificuldades e riscos no acesso à rodovia. O caso mais recente foi a morte do motociclista Roger Almeida, de 33 anos, que morreu em 27 de janeiro após ser atingido por um caminhão-baú.
A tragédia gerou comoção entre os moradores, que, junto aos familiares de Roger, realizaram um protesto no dia seguinte, bloqueando por 1h30 o trecho da BR-163 na altura da entrada do bairro, no km 484, ao lado da Rua Água Azul.
Já em 29 de janeiro, uma reunião a portas fechadas foi realizada entre moradores do Jardim Noroeste, a CCR MSVia, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) para discutir as demandas da comunidade.
Conforme noticiado anteriormente, a concessionária se comprometeu a iniciar, em até dez dias, melhorias na sinalização no trecho antes do km 484, incluindo a instalação de balizadores, novas placas e a divulgação de acessos alternativos aos bairros próximos, além de uma campanha educativa sobre o uso da sinalização.
A reportagem entrou em contato com a CCR MSVia para saber se a concessionária mantém a decisão de não participar da audiência pública. Em resposta, enviada por meio de nota, a concessionária confirmou que não participará da audiência e afirmou que esteve aberta para discussões com a sociedade e seu entorno, mencionando a reunião realizada com representantes da comunidade no dia 29 de janeiro de 2025, na sede da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Campo Grande.
"Desta reunião resultaram medidas implementadas pela concessionária no local, com o objetivo de mitigar os problemas de segurança apontados, dentro dos limites previstos no contrato de concessão", diz a CCR MSVia na nota.
A concessionária também informou que segue prestando os serviços de operação, manutenção e conservação da rodovia de forma "adequada", conforme estipulado no contrato de concessão e em conformidade com as normas de segurança viária vigentes, mantendo, inclusive, o PRA (Programa de Redução de Acidentes), que visa monitorar acidentes e avaliar a necessidade de adequações ou melhorias na rodovia.
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