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Greve é suspensa e turistas já podem viajar para cidade Inca

Por Paulo Nonato de Souza | 31/01/2024 14:17
Vista da cidade de Machu Picchu, cidade Inca do século XV, localizada no alto da Cordilheira dos Andes no Peru (Foto: Reprodução)
Vista da cidade de Machu Picchu, cidade Inca do século XV, localizada no alto da Cordilheira dos Andes no Peru (Foto: Reprodução)

Machu Picchu! O destino turístico peruano preferido dos brasileiros viveu momentos de tensão desde a última quinta-feira, 25, por conta de uma greve contra a decisão do governo de privatizar a venda de ingressos ao sítio arqueológico, considerado uma das sete maravilhas do mundo. Mas, se você tem planos de viajar ao Peru para visitar Machu Picchu, anime-se porque tem novidade nesta quarta-feira, 31.

Depois de uma semana de greve, as manifestações foram suspensas e a boa notícia é que tudo voltará à normalidade nas próxima horas. Hoje, após sete dias de greve, os manifestantes concordaram em paralisar o movimento grevista para que o tráfego de trens e de turistas seja restaurado nas próximas horas.

"Se levanta la huelga en Machu Picchu, todo volverá a la normalidad en las siguientes horas" (A greve em Machu Picchu foi suspensa, tudo voltará ao normal nas próximas horas), diz a versão online do jornal peruano Diario Correo. Informa que a decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira, 31, na praça Manco Cápac, no bairro Machu Picchu Pueblo, onde os promotores do movimento votaram por unanimidade pelo abandono da iniciativa.

Assemleia aberta para a população, realizada em praça pública nesta quarta-feira, votou pela liberação do acesso a Machu Picchu - Foto: Reprodução
Assemleia aberta para a população, realizada em praça pública nesta quarta-feira, votou pela liberação do acesso a Machu Picchu - Foto: Reprodução

Desta forma, os piquetes em diferentes pontos de Machu Picchu serão retirados e a ferrovia ficará livre para a circulação de moradores e turistas. O fim da greve é notícia boa também para a economia local. “A paralisação do turismo em Machu Picchu nos causa um prejuízo diário de três milhões de soles (aproximadamente 800 mil dólares)”, declarou o prefeito, Elvis La Torre.

O Itamaraty chegou a aconselhar os brasileiros em viagem ao Peru a não tentarem ir para Machu Picchu, nem mesmo por vias alternativas, como caminhadas e trilhas, até que seja superado o contexto de greves e protestos na região. Isso porque os moradores e trabalhadores locais bloquearam o transporte ferroviário para a cidade de Aguas Calientes, também conhecida como Machu Picchu Pueblo, principal forma de acesso ao Santuário Histórico de Machu Picchu.

Entenda a greve – A paralisação do turismo na região teve início depois que a Joinnus, uma empresa privada especializada em venda de tickets de shows musicais, festivais, eventos esportivos e culturais, assumiu a comercialização do acesso a Machu Picchu. As operadores locais de turismo e a população entenderam que se tratava de uma privatização sistemática da cidade Inca e bloquearam o transporte ferroviário de Águas Calientes, vilarejo de onde partem os ônibus que levam os turistas até Machu Picchu.

Deu certo, porque o movimento fez o governo cancelar o contrato com a empresa Joinnus. De acordo com os jornais peruanos, os ministros da Cultura, Comércio Exterior e Meio Ambiente, anunciaram a assinatura da chamada “Declaração de Machu Picchu”, na qual confirmam que aceitam o fim das operações da empresa Joinnus como vendedora de ingressos para Machu Picchu, principal pedido dos manifestantes.

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