Greve é suspensa e turistas já podem viajar para cidade Inca
Machu Picchu! O destino turístico peruano preferido dos brasileiros viveu momentos de tensão desde a última quinta-feira, 25, por conta de uma greve contra a decisão do governo de privatizar a venda de ingressos ao sítio arqueológico, considerado uma das sete maravilhas do mundo. Mas, se você tem planos de viajar ao Peru para visitar Machu Picchu, anime-se porque tem novidade nesta quarta-feira, 31.
Depois de uma semana de greve, as manifestações foram suspensas e a boa notícia é que tudo voltará à normalidade nas próxima horas. Hoje, após sete dias de greve, os manifestantes concordaram em paralisar o movimento grevista para que o tráfego de trens e de turistas seja restaurado nas próximas horas.
"Se levanta la huelga en Machu Picchu, todo volverá a la normalidad en las siguientes horas" (A greve em Machu Picchu foi suspensa, tudo voltará ao normal nas próximas horas), diz a versão online do jornal peruano Diario Correo. Informa que a decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira, 31, na praça Manco Cápac, no bairro Machu Picchu Pueblo, onde os promotores do movimento votaram por unanimidade pelo abandono da iniciativa.
Desta forma, os piquetes em diferentes pontos de Machu Picchu serão retirados e a ferrovia ficará livre para a circulação de moradores e turistas. O fim da greve é notícia boa também para a economia local. “A paralisação do turismo em Machu Picchu nos causa um prejuízo diário de três milhões de soles (aproximadamente 800 mil dólares)”, declarou o prefeito, Elvis La Torre.
O Itamaraty chegou a aconselhar os brasileiros em viagem ao Peru a não tentarem ir para Machu Picchu, nem mesmo por vias alternativas, como caminhadas e trilhas, até que seja superado o contexto de greves e protestos na região. Isso porque os moradores e trabalhadores locais bloquearam o transporte ferroviário para a cidade de Aguas Calientes, também conhecida como Machu Picchu Pueblo, principal forma de acesso ao Santuário Histórico de Machu Picchu.
Entenda a greve – A paralisação do turismo na região teve início depois que a Joinnus, uma empresa privada especializada em venda de tickets de shows musicais, festivais, eventos esportivos e culturais, assumiu a comercialização do acesso a Machu Picchu. As operadores locais de turismo e a população entenderam que se tratava de uma privatização sistemática da cidade Inca e bloquearam o transporte ferroviário de Águas Calientes, vilarejo de onde partem os ônibus que levam os turistas até Machu Picchu.
Deu certo, porque o movimento fez o governo cancelar o contrato com a empresa Joinnus. De acordo com os jornais peruanos, os ministros da Cultura, Comércio Exterior e Meio Ambiente, anunciaram a assinatura da chamada “Declaração de Machu Picchu”, na qual confirmam que aceitam o fim das operações da empresa Joinnus como vendedora de ingressos para Machu Picchu, principal pedido dos manifestantes.