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Veja 13 dicas para a sua primeira viagem internacional

Paulo Nonato de Souza | 15/11/2022 08:12
O passaporte, além da carteira de vacinação em dia, é uma das primeiras providencias no planejamento de uma viagem internacional - Foto: Reprodução
O passaporte, além da carteira de vacinação em dia, é uma das primeiras providencias no planejamento de uma viagem internacional - Foto: Reprodução

Um novo ano se aproxima, hora de fazer planos por sonhos realizados em 2023. Se pretende viajar ao exterior pela primeira vez, entenda que o ritual é bem diferente do que normalmente fazemos em viagens nacionais, mas nada que assuste ou faça recuar ao desejo de conhecer destinos que se acostumou a ver em vídeos ou em revistas de turismo.

Já estamos na metade de novembro, boa hora de começar a planejar as férias do próximo ano, e não tem nada mais animador do que organizar uma viagem, especialmente para o exterior. Se você irá fazer sua primeira viagem internacional, não se preocupe. Listamos 13 dicas valiosas com informações básicas do Melhores Destinos, site especializado em promoções de pacotes e passagens aéreas.

Um segredo básico em qualquer viagem internacional é ser precavido e tratar todos os detalhes com bastante antecedência. Veja abaixo todas as dicas:

Primeiras providencias: Passaporte, visto e vacinas 

O passaporte só não é obrigatório se o seu destino for algum país da América do Sul. Pelo acordo do Mercosul, a identidade (RG) é suficiente para embarcar. Entretanto, o passaporte ainda é o documento padrão válido para grande parte do mundo. Sendo assim, se você não tem o passaporte ou ele está com a validade vencida, é hora de correr para tirar um novo. E quanto mais rápido você fizer isso, melhor. Não deixe para tirar o passaporte na última hora! Nunca se sabe quando um problema na emissão do documento poderá atrapalhar os seus planos.

Caso o seu passaporte esteja perto de vencer, não deixe de consultar as regras do país para o qual você está embarcando. Alguns exigem que o passaporte tenha o mínimo de 6 meses de validade. Outros pedem apenas que o documento esteja válido para o período da viagem. Sabendo disso, consulte atentamente as regras do seu destino para não correr o risco de ser deportado.

Verifique se o país de destino exige Visto de brasileiro

Com o passaporte em mãos é hora de descobrir se o país para o qual você está embarcando exige ou não visto para brasileiros. Vale dizer que se você tem uma conexão nos Estados Unidos o visto americano é obrigatório, mesmo que você faça apenas uma parada no aeroporto até o seu destino final. Caso não tenha o visto americano você nem poderá embarcar.

Países como China, Japão, Canadá e Austrália exigem que o visto seja providenciado antes do embarque, assim como os Estados Unidos. Logo que estiver com o passaporte em mãos, dê entrada no pedido de visto para não correr o risco de perder a viagem. As regras, documentos exigidos e valores para retirada do visto variam de acordo com o país de destino. O modo de emissão do visto muda muito entre os países. Alguns fogem à regra, fornecem o visto e cobram as taxas no momento da imigração, como a Indonésia e o Laos, por exemplo. Outros exigem apenas o visto eletrônico. O melhor é se informar especificamente sobre o seu destino.

Ter comprovantes de vacinação em dia

É importante lembrar que alguns destinos exigem comprovante internacional de vacina contra diferentes doenças. A principal delas é a vacina contra a febre amarela. Verifique se este é o caso do país para onde está viajando e providencie o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Consulte o site da ANVISA e veja o local mais próximo para emissão do documento e para tomar as doses das vacinas exigidas.

Defina o orçamento da viagem internacional 

Importante se organizar e definir quanto pretende gastar com hospedagens, alimentação, passeios e deslocamentos, por exemplo. Será necessário calcular os gastos e, se possível, até um caixa extra para imprevistos. Com uma boa estimativa de consumo será mais fácil definir o padrão da viagem. É preciso ficar atento para o dinheiro não acabar no meio da viagem. Se o orçamento estiver apertado, calcule quanto será permitido com gasto diariamente.

Levar dinheiro vivo (moeda local) ou cartão

Definido o orçamento, é hora de avaliar qual a melhor maneira de levar dinheiro para a viagem, especialmente em tempos de moeda tão instável e IOF tão alto. É preciso analisar todos os prós e contras de cartões de créditos, dinheiro em espécie e cartões de viagem. Os critérios poderão variar entre os países de destinos, especialmente por ser quase impossível encontrar a moeda de todos eles à venda no Brasil. Procure saber se cartões de crédito são amplamente aceitos, se há máquinas de saque, se o câmbio é favorável e se é seguro andar com dinheiro em espécie. Tudo vai depender do seu país de destino.

Pesquise sobre o seu destino e faça um roteiro

Mesmo quem já está acostumado a viajar pelo Brasil pode se enrolar na hora de ir para o exterior. Pesquise a fundo sobre o seu destino e monte um roteiro de viagem detalhado para ter férias mais tranquilas. Questões como instabilidade da moeda, crises políticas, feriados nacionais, diferença de estação do ano podem alterar o rumo da sua viagem. Imagina chegar em um destino com roupa de inverno sendo que por lá é o auge do verão? Para evitar essa e outras roubadas, leia bastante sobre o destinos escolhido para visitar nas férias.

Defina antecipadamente quais localidades serão visitadas, as principais atrações e o custo de cada uma delas. Muitas oferecem dias com entrada gratuita, o que pode ser um grande auxiliar na hora de economizar. Passes de transporte público também costumam ser fortes aliados dos turistas. Vale tudo para gastar menos e as peculiaridades entre os países são muitas.

Reserve hotéis próximos do transporte público

Com o roteiro em mãos será mais fácil escolher o hotel e, caso necessário, compre as passagens que servirão para se deslocar durante a viagem. A escolha do hotel deve seguir não só o critério de preço, mas também de localização, fácil acesso a transportes públicos e, claro, qualidade! Vale lembrar que os hábitos em outros países são diferentes do Brasil e nem sempre o hotel oferecerá serviços comuns por aqui, como um bom café da manhã.

Leia as avaliações de outros clientes, verifique a nota do hotel e as condições de pagamento. Prefira hotéis com possibilidade de cancelamento gratuito, assim você poderá procurar outras ofertas antes de embarcar e fazer uma nova reserva, sem custos de multa, caso encontre melhor preço. Se estiver seguro sobre o destino, procure também por sites que alugam apartamentos, como o Airbnb. Eles poderão sair mais em conta que um quarto de hotel.

Faça um seguro de viagem internacional

Acidentes acontecem. Portanto, nunca embarque para o exterior sem um seguro de viagem internacional. É impossível prever o que pode acontecer durante uma viagem, então é importantíssimo se prevenir. Os seguros têm preços bem acessíveis e serão fundamentais no caso de uma doença repentina ou mesmo um acidente grave. E para alguns países, como muitos da Europa (que seguem o Tratado de Schengen), o seguro de viagem é obrigatório para todos os turistas. O gasto pode parecer desnecessário, até que aconteça um acidente. Para quem quer economizar, vale consultar a operadora do cartão de crédito e verificar se ela oferece algum tipo de seguro como parte dos benefícios.

Os seguros de viagem garantem também outros benefícios que não apenas o serviço médico. Há seguros que cobrem extravio de bagagem, acompanhamento em caso de hospitalização, retorno ao país de origem em casos específicos, despesas jurídicas e até empréstimo para pagamento de fiança.

Despacho de bagagem tem regras diferentes

As regras para embarque internacional são diferentes dos voos nacionais, tanto para as malas despachadas quanto para a bagagem de mão. É importante ficar atento para não ser barrado no check-in ou pagar excesso de bagagem. As regras da quantidade de bagagem e peso permitido dependem da companhia aérea e do tipo de tarifa que você comprou. Se for o caso, não deixe de reservar mais bagagem com antecedência, pois na hora do embarque será bem mais caro.

Ter alguém no Brasil para acompanhar sua viagem

Ao viajar para outro país é preciso estar muito atento a pequenos detalhes que podem garantir a sua segurança. É muito importante que alguém no Brasil saiba todos os passos da viagem. Caso aconteça uma emergência, será mais fácil de agir e tomar providências. Cuide para ter uma pessoa que esteja atenta a todo o seu itinerário. Ela será responsável por ajudar caso algo mais grave aconteça. Deixe com ela cópias das passagens aéreas, reservas de hotéis, cópia do passaporte, seguro de saúde e um roteiro básico da viagem. A depender do destino, vale até combinar de quanto em quanto tempo você entrará em contato para garantir que tudo está bem ou mesmo usar um aplicativo de localização para que a pessoa acompanhe os seus passos.

Todos as cópias desses documentos devem também estar com você, tanto impressas – para serem apresentadas na imigração – quanto em um e-mail que possa ser acessado durante a viagem. Com cópias é muito mais fácil resolver problemas como furto de passaporte, por exemplo. Caso esteja viajando com cartões de crédito, tenha também guardado os números de atendimento ao cliente no Brasil e no exterior. Isso facilitará na hora de cancelar os cartões se for preciso.

No aeroporto para embarque   

Malas prontas, documentos conferidos (não esqueça o passaporte), é hora de embarcar! Chegar com três horas de antecedência ao aeroporto é fundamental. Este tempo serve para fazer o check-in, despachar as malas com calma e seguir para os procedimentos de embarque. Ao realizar o check-in, não deixe de conferir se os assentos e o programa de milhas estão corretos. Pergunte à atendente da companhia aérea se a bagagem seguirá até o destino final ou se você precisará despachá-la novamente em caso de conexão e tire dúvidas sobre o processo de imigração no país de destino.

Voo com conexões em aeroportos

Se o seu destino final exigir uma conexão, fique atento. As regras variam entre os países. Peça ajuda ao comissário de bordo e confirme se há necessidade de fazer imigração na cidade de conexão. No caso de conexões nos EUA, a imigração é obrigatória para todos os passageiros, independente do destino final. Outra dúvida frequente é se a mala irá até o destino final ou se deverá ser retirada na primeira conexão e então despachada novamente. A regra varia entre países e o ideal é confirmar qual será o destino final da bagagem ainda no check-in do Brasil.

No caso de conexão, ao sair do avião, procure imediatamente uma tela com as informações de partidas. Identifique o portão e o terminal do próximo voo e não perca tempo. É comum em grandes aeroportos no exterior que seja necessário pegar um transporte até outro terminal. Não deixe para a última hora, você nunca sabe quão distante está do novo portão de embarque. Siga as placas atentamente e tudo dará certo! Em caso de dúvida, não hesite em pedir ajuda nos balcões de informações.

Na hora de passar pela Imigração

Talvez seja o processo que mais preocupa ao viajar para o exterior. Passar pela imigração, independente do país, é sempre um momento tenso. Esteja preparado para responder qualquer pergunta e jamais minta para o agente da imigração. Leve impresso todos os documentos da viagem, como reservas de hotel, passagens de volta e seguro de viagem. Provavelmente você terá recebido, ainda no avião, um formulário de imigração e declaração de bens. Os dois devem ser preenchidos e entregues quando solicitados pelos agentes.

Saiba responder, com segurança, todas as perguntas. É importante ter como comprovar que você está apto a pagar pela viagem. Se não tiver um cartão de crédito internacional, é aconselhável ter em mãos uma quantia em dinheiro condizente com o padrão da viagem. Ter o visto não significa ter autorizada a entrada no país. Sempre há o risco de deportação. A regra também vale para países que não exigem visto.

O procedimento padrão nas imigrações é ser recebido em um guichê pelo agente daquele país para conferência de documentação. Ele fará perguntas como “quando tempo você irá ficar?”, “qual o motivo da viagem?” e até “quanto dinheiro você está levando?”. Falar inglês facilita nessa hora, mas se você não domina a língua, não se desespere. Os agentes estão acostumados a lidar com pessoas que não dominam o idioma local e isso não será motivo para você ser deportado. Apenas diga que não fala inglês e mantenha todos os documentos disponíveis para verificação. Se tudo der certo você receberá um carimbo de entrada no país, fará uma foto e no máximo terá as digitais identificadas.

Ao passar pela imigração é hora de pegar a mala. Leia atentamente as placas e siga até o local de retirada da bagagem (baggage claim). Acredite, ele pode estar localizado em outro terminal. Não subestime as placas e siga cada uma delas. Alguns aeroportos dividem as esteiras por companhia aérea e só então por voos. Mais uma vez: siga as placas e não as pessoas!

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