ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 16º

Artigos

Comprei um celular sem saber que era roubado. E agora?

Raquel Gallinati (*) | 25/08/2023 13:30

Se você adquire um celular sabendo que é proveniente de roubo, furto ou de qualquer outro crime, está cometendo o delito de receptação, previsto no artigo 180 do Código Penal, pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

Mas e quando a pessoa não tem conhecimento da origem criminosa do celular? Quando o comprador não tinha conhecimento da origem criminosa do celular, ele poderá ser enquadrado no crime de receptação. Ou seja, não tinha a intenção de cometer o crime, mas, por falta de cautela, acaba adquirindo bem que deveria saber, ser proveniente de atividade criminosa.

A pena para a receptação culposa é menor do que para a receptação dolosa (intencional), com detenção de um a seis meses, ou multa.

 Para evitar a receptação culposa, é essencial manter-se atento ao adquirir bens de terceiros, especialmente quando estes são oferecidos a preços muito abaixo do mercado ou quando há indícios de irregularidade. Além disso, sempre verifique a procedência, exija nota fiscal e faça as devidas diligências antes de realizar qualquer compra.

Aqui vão algumas dicas para evitar problemas:

 1 Compre celulares somente com nota fiscal e compare todas as características do aparelho (marca, cor, versão, etc.) com as informações do documento;

 2 Cuidado com preços muito abaixo do mercado, pois isso pode indicar que algo está errado. Pesquise os valores na internet;

Verifique a credibilidade da loja antes de fazer a compra;

3 Confira se o número de IMEI exibido na tela do celular (digite *#06#) corresponde ao número registrado na própria caixa do aparelho;

Consulte se o IMEI do celular possui registro de irregularidade (roubo, furto ou extravio) no site da Anatel.

Lembre-se, é fundamental agir legalmente e tomar as devidas precauções para evitar problemas futuros. Mantenha-se informado e consciente para contribuir com um mercado mais seguro.

(*) Raquel Gallinati é delegada de polícia, pós-graduada em Ciências Penais, direito de Polícia Judiciária e em Processo Penal, mestre em Filosofia, diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil e embaixadora do Projeto Mulheres no Tatame e Instituto Pró-Vítima

Nos siga no Google Notícias