Dia Mundial do Coração
Hoje é um dia importante no calendário da saúde: é o Dia Mundial do Coração. Portanto, vamos mudar as manchetes da imprensa e os posts das redes sociais, deixar um pouco de lado a pandemia de Covid-19 e falar também sobre os cuidados com esse órgão vital que bombeia o sangue para todo o nosso corpo.
Afinal, as doenças cardíacas e o acidente vascular cerebral ainda são as principais causas de morte no mundo, com cerca de 17,3 milhões de óbitos por ano, segundo a Federação Mundial do Coração (World Heart Federation), entidade que escolheu o dia 29 de setembro para essa importante celebração, desde o ano 2000.
Aliás, durante a pandemia do novo coronavírus registrou-se uma preocupante queda no atendimento e no tratamento das doenças cardíacas, o que é extremamente grave num país como o Brasil, onde as afecções do coração e da circulação são responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados no país, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Ou seja, são mais de 1 mil mortes por dia, cerca de 43 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). Uma realidade que merece a máxima atenção de todos, especialmente na prevenção e na conquista de hábitos saudáveis.
Claro que é legítima a apreensão nesse momento, mas isso não pode gerar o agravamento de doenças sérias como as cardíacas. Até porque os estabelecimentos de saúde, estão amplamente preparados para atender, de maneira isolada, as pessoas com sintomas da Covid-19, o que é indispensável para tranquilizar os pacientes com cardiopatias. O bom funcionamento do coração é essencial para uma vida de qualidade.
Isso exige atenção e responsabilização de cada um. As dicas são universais e todos já sabem, mas é preciso sempre relembrar as principais: praticar atividade física, nem que seja uma caminhada de 30 minutos três vezes na semana; não fumar; manter uma alimentação equilibrada; restringir o consumo de álcool. Não esqueça: a saúde do seu coração depende de você.
(*) Fernando Graça Aranha é cardiologista