“Ex-supersecretária” de Ladário é presa pelo Gaeco no Rio de Janeiro
Força-tarefa prevê 4 prisões e vai vasculhar 14 endereços em Ladário e no Rio
A ex-secretária de Assistência Social e ex-secretária de Administração de Ladário, Andressa dos Anjos Paraquett, foi presa nesta segunda-feira (25) durante a Operação Terra Branca 2, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Ela é alvo de um dos quatro mandados de prisão expedidos pela Justiça.
Andressa era secretária na gestão de Carlos Ruso (PSDB), que também foi preso pelo Gaeco, em novembro do ano passado. Conforme apurou o Diário Corumbaense, no ano passado ela se afastou das funções e foi embora para o Rio de Janeiro (RJ).
Os nomes das outras três pessoas que também tiveram mandado de prisão expedido, ainda não foram divulgados.
A Operação Terra Branca 2 cumpre também, em Ladário e no Rio, 14 mandados de busca e apreensão. A força-tarefa está em busca de provas dos crimes de corrupção, peculato, falsidade ideológica e organização criminosa cometidos na Secretaria Municipal de Assistência Social.
O atual prefeito Iranil Soares (PSDB), disse, por volta das 7h30 desta manhã (25), que seguia para a secretaria para acompanhar de perto a operação do Gaeco no órgão.
O Campo Grande News tentou contato com o secretário de Assistência Social de Ladário, Alexandre Ramos Ohara. Ele, contudo, desligou o telefone assim que soube que se tratava da reportagem e não atendeu mais às ligações.
Mensalinho – O prefeito afastado de Ladário, Carlos Ruso, foi preso no dia 26 de novembro de 2018. Além dele, o ex-secretário de Educação, Hélder Botelho, e mais sete vereadores foram para a cadeia, acusados de crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
O caso ficou conhecido como "mensalinho". O prefeito, segundo a investigação da “tropa de elite” do MPMS, pagava valores mensais aos vereadores em troca de apoio político.
Ainda segundo apuração do Diário Corumbaense, todos continuam presos em Campo Grande, exceto uma vereadora, Lilia Maria de Moraes, conhecida como Pastora Lilia (MDB), que está em prisão domiciliar.
Ainda não há informação se a operação de hoje tem relação com os pagamentos de propina para parlamentares.
Matéria alterada às 10h21 para acréscimo de informação.