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Cidades

Acidentes nas rodovias federais de MS custam de R$ 311,1 milhões

Levam-se em conta gastos com tratamentos hospitalares, velórios, danos materiais e trâmites burocráticos

Lucia Morel | 20/02/2022 16:45
Um dos acidentes graves foi na BR-060, matando quatro pessoas da mesma família. (Foto: Arquivo/O Pantaneiro)
Um dos acidentes graves foi na BR-060, matando quatro pessoas da mesma família. (Foto: Arquivo/O Pantaneiro)

O número de mortos nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul é o maior desde 2018, quando houve queda brusca nesse quantitativo. De lá para cá, houve apenas aumento desses casos, com 109, 124, 139 e 143 por ano, respectivamente.

O número de acidentes também cresceu nos últimos anos, conforme dados da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) pelo levantamento anual de acidentes rodoviários. Os últimos dados, de 2021, foram divulgados no começo deste mês.

A menor quantidade de ocorrências foi em 2019, quando houve 1.435 casos. Nos dois anos seguintes chegou-se a 1.539 e 1.640, respectivamente. Estrondosa maioria deles – 1.347 – tiveram vítimas, fatais ou não. O número de feridos nos acidentes em 2021 foi de 1.821.

Com esses 1.640 acidentes, pelos dados da confederação, houve custo estimado de R$ 311,1 milhões, sendo R$ 120,1 milhões nos acidentes com morte; R$ 180,4 milhões nos com vítimas e R$ 10,4 milhões nos sem vítimas.

Esse custo é estimado e previsto em relação a tratamentos de saúde posteriores, velórios, danos materiais, trâmites burocráticos, entre outros.

O painel da CNT revela ainda que no ano de 2021, 123 acidentes culminaram nas 143 mortes registradas nos 12 meses e esmagadora maioria delas – 23 – ocorreram em dezembro. Nos demais meses do ano passado, a quantidade mensal de óbitos ficou entre 8 e 14.

E como não poderia deixar de ser, a rodovia mais violenta de MS é a BR-163, que corta o Estrado de norte a sul. Foram 655 ocorrências com vítimas nela, que resultaram em 59 óbitos.

Para o  presidente da CNT, Vander Costa, "os resultados sinalizam a necessidade de mais investimento em infraestrutura rodoviária e em educação no trânsito com foco na segurança viária, condicionantes que podem contribuir com a redução efetiva do número e da gravidade dos acidentes na malha rodoviária. A diminuição de acidentes gera benefícios para o transporte, para a economia e para a sociedade e, por isso, deve ser buscada”, ressaltou.

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