Após 21 dias de protesto, fronteira entre Brasil e Bolívia é desbloqueada
Desbloqueio foi consequência da definição da presidência, assumida provisoriamente pela senadora Janine Añez
Depois de 21 dias de protesto a fronteira entre Brasil e Bolívia, entre os municípios de Corumbá e Puerto Quijarro, foi desbloqueada na madrugada desta quarta-feira (13). Os bloqueios começaram logo após as eleições que deram vitória ao então presidente Evo Morales, que renunciou ao cargo no domingo (10).
Cálculos da Associação Comercial e Industrial revelaram que o setor deixou de faturar cerca de R$ 300 mil por dia. Hoje, os bolivianos são os principais clientes nos setores de vestuário, calçados e de alimentos.
A suspensão do bloqueio segue orientação do presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz de La Sierra, Luis Fernando Camacho, conforme informação divulgada pela presidente do Comitê Cívico Feminino de Puerto Quijarro, Rosário Hurtado de Gallardo ao site Diário Corumbaense.
O desbloqueio é consequência da autoproclamação da senadora Janine Añez à presidência provisória da Bolívia, em ato oficial realizado ontem, às 18h48. Ela era a próxima da linha sucessória depois da renúncia de Morales, do vice, Álvaro García Linera, da senadora Adriana Salvatierra e do deputado Victor Borda.
A informação é que o atendimento já foi normalizado na Receita Federal em Corumbá. Nesta manhã, a movimentação maior na fronteira é de caminhões que transportam diversos tipos de cargas e de brasileiros que estudam e trabalham no lado boliviano.
Renúncia – Após deixar a presidência da Bolívia, Morales e Linera seguiram para o México, onde pediram asilo político, alegando risco de vida após ataques às residências e aos parentes.
A Bolívia enfrentou uma onda de protestos desde a eleição cujo resultado foi a vitória de Evo Morales, muito contestada pela oposição. Uma auditoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) relatou irregularidades no processo eleitoral de outubro, questionando a “integridade dos resultados”.
Morales chegou a anunciar, na manhã de domingo (13) novas eleições, mas horas depois divulgou a renúncia. “Renuncio a meu cargo de presidente para que (Carlos) Mesa e (Luis Fernando) Camacho não continuem perseguindo meus irmãos, dirigentes sindicais, para que Mesa e Camacho não sigam sequestrando e maltratando os familiares de nosso dirigentes sindicais (...).
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