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Cidades

Após reajuste de 350%, UFMS dobra arrecadação com registro de diplomas

Universidade aumentou valor para revalidação e reconhecimento de graduação em instituição estrangeira de R$ 2 mil para R$ 7 mil

Jones Mário | 15/06/2019 16:27
UFMS dobrou arrecadação com serviços de registro de diplomas entre 2017 e 2018 (Foto: Divulgação/UFMS)
UFMS dobrou arrecadação com serviços de registro de diplomas entre 2017 e 2018 (Foto: Divulgação/UFMS)

De janeiro até julho de 2018, o recém-formado em instituição estrangeira que procurava a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para revalidar diploma de graduação ou ter pós-graduação reconhecida pagava taxa de R$ 2 mil. Após alteração na tabela, o serviço passou a custar R$ 7 mil – reajuste de 350%.

Ao fim do ano passado, a universidade havia recebido R$ 372.895,00 somente em tarifas cobradas pela Dird (Divisão de Registro de Diplomas), valor maior que o dobro arrecadado em 2017, de R$ 179.330,00.

Do total acumulado pela Dird em 2018, R$ 265.000,00 corresponderam ao pagamento de taxas para revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. O volume movimentado pelos mesmos serviços em 2017 foi de R$ 92.000,00. Os dados são do portal da Transparência da instituição.

O valor cobrado pela UFMS para revalidar ou reconhecer diploma estrangeiro foi alvo recente de questionamento do MPF (Ministério Público Federal), que recomendou a diminuição da taxa. De acordo com o órgão, a instituição de ensino cobra o maior preço do País para fornecer o documento. A UFMA (Universidade Federal do Maranhão), por exemplo, cobra R$ 250 pelo mesmo serviço. A UFPA (Universidade Federal do Pará) tem a segunda maior taxa do Brasil, com R$ 3.477,36.

A recomendação foi expedida pelo MPF no último dia 16 de maio. A UFMS tem 30 dias úteis para informar se vai acatar a medida.

A revalidação é pré-requisito aos portadores de diplomas estrangeiros que pretendem atuar no Brasil. Devido à proximidade e aos valores mais acessíveis praticados no Paraguai, cada vez mais sul-mato-grossenses se formam em instituições privadas no país vizinho e retornam para exercer a profissão.

A reportagem procurou a UFMS, que não retornou até a publicação da matéria.

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