Aprovado projeto com normas para implantação de ciclovias em MS

Quem pedala para ir ao trabalho, a passeio ou faz treinos nas ruas e rodovias de Mato Grosso do Sul tem que se arriscar porque faltam ciclovias e ciclofaixas. O cenário deve mudar daqui para frente com a aprovação do projeto de decreto legislativo do presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), que institui diretrizes para criação do Plano Cicloviário do Estado de Mato Grosso do Sul.

Aprovado por unanimidade entre os deputados, hoje (18), o projeto define normas para a implantação e melhoria da malha cicloviária em todos os municípios, o que é reivindicação antiga de ciclistas que utilizam as vias.

O plano deverá ser elaborado em conjunto por técnicos dos órgãos e entidades estaduais responsáveis pela política de infraestrutura e obras, de meio ambiente, de cultura e de esporte.

Nos projetos de construção ou duplicação de rodovias estaduais pavimentadas poderão ser incluídos projetos de criação de ciclovias ou ciclofaixas, desde que sigam as regras do plano estadual e observem as reivindicações da sociedade civil, além dos estudos de demandas e de viabilidade técnica e econômica.

O projeto do deputado também cita prioridade de instalação em zonas urbanas e conturbadas, áreas entre municípios ou distritos limítrofes, zonas rurais de acesso à instalações, distritos industriais, comerciais ou institucionais e zonas de interesse turístico, paisagístico e cultural.

Corrêa já solicitou à Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) a criação de uma ciclovia no anel rodoviário de Campo Grande e busca com o Governo do Estado iniciativas para tirar esse projeto do papel o quanto antes. Com a aprovação, o decreto legislativo deve ser publicado no Diário Oficial da Assembleia.

O plano vai aumentar a segurança aos ciclistas, na avaliação de Corrêa. “Nos trechos urbanos atravessados por rodovias, os usuários de bicicleta se deparam com problemas de ordem infraestrutural. A partir do momento em que o percurso de tais trechos faz parte da vida desses usuários de bicicleta, tem-se um fator que inibe a realização desse tipo de viagem ou mesmo impossibilita o deslocamento de modo seguro”, argumentou o deputado quando apresentou o projeto.