Projeto de lei incentiva a criação de ciclovias em Mato Grosso do Sul
Plano Cicloviário dá prioridade à ciclovia em rodovias e regiões turísticas
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), apresentou projeto de decreto legislativo que cria o Plano Cicloviário do Estado de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de definir normas para a implantação e melhoria da malha cicloviária em todos os municípios. O deputado vem articulando com o governo do Estado e já solicitou ciclovia no anel rodoviário de Campo Grande.
Pela proposta, projetos em rodovias estaduais devem incluir criação de ciclovias ou ciclofaixas. Além disso, devem ser levadas em conta demandas da sociedade e áreas urbanizadas; entre municípios; acesso a instalações, distritos industriais, comerciais ou institucionais; e turísticas.
A implantação também deverá ocorrer em pontes e acessos a estradas e vias secundárias ou vicinais. Por fim, será proibida a cobrança de pedágio de ciclistas.
Na justificativa, Corrêa aponta que a bicicleta é um meio de transporte limpo. “Além de ter baixo impacto na produção, a bicicleta é o meio de transporte mais limpo que existe. Não gasta energia elétrica nem promove queima de combustíveis em sua propulsão”, argumenta.
Por conseguinte, o presidente defende o plano como forma de aumentar a segurança cicloviária. “Nos trechos urbanos atravessados por rodovias, os usuários de bicicleta se deparam com problemas de ordem infraestrutural. A partir do momento em que o percurso de tais trechos faz parte da vida desses usuários de bicicleta, tem-se um fator que inibe a realização desse tipo de viagem ou mesmo impossibilita o deslocamento de modo seguro”, ponderou.
Atuação – Corrêa vem atuando para viabilizar a construção de ciclovias em todas as rodovias estaduais. Em fevereiro, ele levantou o debate durante sessão da Assembleia.
Ele citou o número considerável de ciclistas nas estradas, “movimento nunca antes visto”, e a necessidade de apresentar uma solução para evitar que acidentes aconteçam. “A gente faz a discussão de adequar aqui em Campo Grande inicialmente, mas podendo levar para todos os municípios”, frisou.
“Vejo pessoas saindo de Campo Grande, indo para Terenos, Rochedo, depois Piraputanga, Camisão, pessoas que vão de Sete Quedas para Tacuru. Temos que ter um olhar especial porque estamos falando de vidas que estão em risco”, disse. “Há de ser feito um investimento e começa na fase de planejamento das estradas, que também vai ter que incluir as ciclovias”, complementou.
O presidente defendeu uma ciclovia no macroanel de Campo Grande. “Ciclovia no macroanel de Campo Grande é questão de política pública. Queremos um estudo aprofundado que possa viabilizar um projeto integrado com a estrada, que permita aos nossos ciclistas trafegarem com segurança. Se a gente não der o primeiro passo, nunca vamos começar nada. A gente quer fazer com que a grande maioria que está com problema de praticar seu esporte seja atendida. Por exemplo, se acontece um acidente não tem condição de salvar. Esse é um movimento que veio para ficar”, disse.
Esse pedido foi apresentado à Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura).