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Cidades

Atirador e motorista são condenados pela morte de Marielle Franco

Ronnie Lessa pegou 78 anos e 9 meses e 30 dias de prisão; Élcio Queiroz 59 anos e 8 meses e 10 dias

Por Lucas Mamédio | 31/10/2024 17:44
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Dois réus acusados de participação no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, em março de 2018, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri no Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira (31). O julgamento teve os depoimentos de nove testemunhas e dos dois réus.Campo Grande News - Conteúdo de VerdadeCampo Grande News - Conteúdo de Verdade Ronnie Lessa pegou 78 anos e 9 meses e 30 dias de prisão e Élcio, 59 anos e 8 meses e 10 dias.

RESUMO

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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri no Rio de Janeiro. Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses e 30 dias de prisão, enquanto Queiroz recebeu pena de 59 anos e 8 meses e 10 dias. O crime, ocorrido em 14 de março de 2018, vitimou Marielle, sua assessora Fernanda Chaves e o motorista Anderson, que foram atingidos por 13 disparos. Os acusados de serem mandantes do crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, estão presos em processo paralelo no Supremo Tribunal Federal. A motivação do assassinato, segundo os investigadores, envolve questões fundiárias e grupos de milícia.

Réu em outro processo que também julga a morte de Marielle, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes, está preso no Presídio Federal em Campo Grande.

O crime foi cometido em 14 de março de 2018. Nesse dia, Marielle participou de um compromisso na Casa das Pretas, na Lapa, centro da cidade. Quando o encontro terminou, a vereadora saiu com a assessora Fernanda Chaves, em carro dirigido pelo motorista Anderson. Quando passavam pelo bairro do Estácio, na Zona Norte, foram atingidos por treze disparos. Apenas Fernanda sobreviveu.

Familiares de Marielle se abraçam após a sentença (Foto: Marco Antônio Martins/G1)
Familiares de Marielle se abraçam após a sentença (Foto: Marco Antônio Martins/G1)

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estão presos desde 12 de março de 2019 e foram interrogados hoje por videoconferência. Lessa está no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, e Queiroz, no Complexo da Papuda, em Brasília. Lessa também ficou preso em Campo Grande. Ele foi o atirador enquanto Élcio dirigia o carro que perseguiu a parlamentar.

Os acusados de serem mandantes dos crimes são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, respectivamente, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e deputado federal. O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime, é acusado de ter prejudicado as investigações. Os três estão presos desde 24 de março deste ano, depois das delações premiadas de Élcio e Ronnie.

Há um processo paralelo contra eles no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, por causa do foro. Também são réus no processo o ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotina de Marielle.

A motivação do assassinato de Marielle Franco, segundo os investigadores, envolve questões fundiárias e grupos de milícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.

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