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Capital

Assassino confesso de Marielle Franco deixa presídio de MS e embarca para SP

Lessa estava preso na Penitenciária Federal, em Campo Grande, desde 9 de dezembro de 2020

Por Dayene Paz e Bruna Marques | 20/06/2024 09:35
Ronnie Lessa, de camiseta branca, embarca em aeronave da FAB (Foto: Marcos Maluf)
Ronnie Lessa, de camiseta branca, embarca em aeronave da FAB (Foto: Marcos Maluf)

A estadia do ex-policial Ronnie Lessa chegou ao fim em Mato Grosso do Sul. Agora, da Penitenciária Federal de Campo Grande, onde está desde 9 de dezembro de 2020, o assassino confesso da vereadora pelo Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista dela, Anderson Gomes, será levado ao Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo.

Lessa chegou por volta de 8h45 na Base Aérea de Campo Grande, escoltado por agentes federais, de onde seguirá para São Paulo em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) fretado, que veio de Brasília. Ele embarcou às 9h33 e a aeronave decolou às 9h47.

A transferência do ex-policial foi determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, no dia 7 de junho. No presídio paulista, Lessa ficará em uma cela sozinho, sem contato com outros presos.

Viaturas da Polícia Penitenciária Federal na Base Aérea. (Foto: Marcos Maluf)
Viaturas da Polícia Penitenciária Federal na Base Aérea. (Foto: Marcos Maluf)

Ronnie, que já passou pelas polícias Militar e Civil, é apontado como o autor dos tiros que mataram Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Já Queiroz é apontado como o condutor do Chevrolet Cobalt clonado usado na emboscada. Os dois, segundo a acusação, integram milícias armadas no Rio de Janeiro.

Fim da estadia - Lessa chegou à Penitenciária Federal de Campo Grande em 9 de dezembro de 2020, em operação sigilosa. A transferência do “matador de aluguel” para a Capital de Mato Grosso do Sul foi determinada a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que queria separá-lo do sargento reformado da PM, Élcio de Queiroz, na tentativa de evitar que eles combinassem versões para o Tribunal do Júri.

Mas, logo que o coronavírus chegou ao Brasil, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) suspendeu as transferências de presidiários. A medida só foi revogada em 5 de novembro de 2020 e em dezembro, o juiz Diogo Negrisoli Oliveira, corregedor do presídio de Porto Velho (RO), atendeu ao pedido do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).

Então, Alexandre de Moraes atendeu a pedido apresentado pela defesa de Ronnie Lessa, tendo como base os termos do acordo de delação firmado com o réu. Segundo o site Metrópoles, Moraes, na mesma decisão, determinou o levantamento do sigilo da colaboração premiada.

Mandante está preso em MS - O deputado federal Chiquinho Brazão (expulso do União Brasil), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora, está custodiado na Penitenciária Federal de Campo Grande desde 27 de março deste ano.

O deputado foi preso junto ao irmão, o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), Domingos Brazão, durante operação da Polícia Federal. Os dois são apontados como mandantes da morte da parlamentar. Também está preso o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa, apontado pela investigação por ter arquitetado o crime.

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