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Capital

Deputado federal preso por mandar matar Marielle Franco desembarca em MS

Parlamentar estava preso em Brasília e ficará no Presídio Federal de Campo Grande

Por Gabriel Neris e Antonio Bispo | 27/03/2024 10:51
Chiquinho Brazão escoltado ao descer de aeronave na Capital (Foto: Henrique Kawaminami)
Chiquinho Brazão escoltado ao descer de aeronave na Capital (Foto: Henrique Kawaminami)

Pousou exatamente às 10h41 desta quarta-feira no Aeroporto Internacional de Campo Grande a aeronave que trouxe o deputado federal Chiquinho Brazão (expulso do União Brasil), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, no Rio de Janeiro.

A transferência para Mato Grosso do Sul contou com forte aparato de policiais. Equipes da Polícia Penal Federal já estavam há mais de uma hora próximos à pista do aeroporto aguardando a aeronave da Polícia Federal cedida ao Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça. Cerca de dez agentes e quatro viaturas foram mobilizados para a operação. Uma viatura da Polícia Militar também foi destacada.

O deputado foi preso no domingo durante operação da Polícia Federal junto ao irmão, o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), Domingos Brazão. Os dois são apontados como mandantes da morte da parlamentar. Também está preso o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa, apontado pela investigação por ter arquitetado o crime.

Chiquinho Brazão estava preso em Brasília e está sendo transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, onde também está Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle Franco. Lessa fez delação premiada indicando os mandantes do crime. Com o acordo, ele deve ser transferido para o Rio de Janeiro.

Domingos Brazão veio com Chiquinho na mesma aeronave, porém, seguirá para Porto Velho (RO) em outro jatinho, onde ficará preso também no presídio federal.

A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo MPF-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e pela PF (Polícia Federal). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado depois de cinco anos de incertezas.

As prisões deste domingo são tratadas na PF como uma grande conquista, já que o caso havia sido terminado sem chegar aos mandantes. No início do ano passado, primeiros meses do governo Lula, o novo superintendente da polícia no Rio reabriu a apuração, desta vez em âmbito federal.

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