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Cidades

Brasil pode ter vacinação em dezembro, se Pfizer conseguir adiantar entrega

Declaração ocorreu um dia após reunião do ministro da saúde com governadores, em que prometeu vacinação no final de fevereiro

Nicholas Shores e Gustavo Porto | 09/12/2020 14:09
Vacinação na UFMS em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Vacinação na UFMS em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou em entrevista à CNN Brasil transmitida nesta quarta-feira, 9, que o uso emergencial de uma vacina contra a covid-19 poderia acontecer ainda em dezembro se o governo federal fechar um contrato desse tipo com a Pfizer. "Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro, em janeiro... Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial", comentou. "Não é uma campanha de vacinação."

Segundo ele, é "bem provável" que, entre janeiro e fevereiro, o governo federal esteja vacinando a população do País contra a covid-19.

A declaração ocorreu 24 horas após uma reunião do ministro com governadores, em que havia prometido começar a imunização no Brasil no fim de fevereiro.

Em uma profusão de condicionais, Pazuello explicou que, se a Pfizer, a AstraZeneca e o Instituto Butantã concluírem a fase 3 de testes ainda em dezembro e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) der aval ao registro dos imunizantes em janeiro, o ministério terá recebido nesse mês 500 mil doses da primeira e 15 milhões da segunda fabricante.

"Se observarmos isso, é bem provável que, entre janeiro e fevereiro, nós estejamos vacinando a população brasileira", completou o ministro, que disse não saber o número de doses da Coronavac que o Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac poderiam disponibilizar no primeiro mês do ano.

Na terça-feira, 8, contudo, o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que a empresa será capaz de entregar, no primeiro trimestre de 2021, uma quantidade de vacinas contra covid-19 suficiente para imunizar somente 2 milhões de brasileiros - o equivalente a 4 milhões de doses, já que o produto é administrado em duas doses.

A informação foi dada pelo executivo em uma reunião da comissão externa da Câmara que discute as ações de enfrentamento à covid-19.

Murillo confirmou que a oferta total da empresa ao governo brasileiro é de 70 milhões de doses ao longo de 2021, mas disse que, nos primeiros meses do próximo ano, o quantitativo enviado será menor do que no final do ano por causa da alta demanda mundial pelo produto.

Naquele mesmo dia, mais cedo, Pazuello, havia dito que a quantidade de doses da vacina da Pfizer prevista para os seis primeiros meses era de 8,5 milhões, suficiente para vacinar 4 milhões de brasileiros.

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