Casos de covid-19 dobram a cada 10 dias e óbitos a cada 6 em MS
Fiocruz revela que houve descréscimo no número de confirmações no Estado, o que pode ter relação com isolamento adequado
O número de casos confirmados do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul dobra a cada dez dias e os óbitos, a cada seis, segundo levantamento do Monitora Covid-19, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os dados se referem ao período de 29 de março a 16 de abril.
Pela tabela, é possível verificar que em 30 de março, o Estado tinha 44 casos confirmados da doença e aumentou para 89 em 9 de abril, quando a quantidade de confirmados somava 121.
Em relação aos óbitos, eram dois em 7 de abril e subiu para quatro no dia 13 do mesmo mês. Atualmente, são seis mortes registradas por covid-19 em MS desde o primeiro caso confirmado, em 14 de março.
De acordo com o estudo, “quanto menor o número de dias para que ocorra a duplicação de casos e óbitos, maior a velocidade de contágio ou maior o número de exames realizados. Em ambos os casos, o indicador expressa a magnitude de avanço da doença em termos dinâmicos”.
No Brasil, os casos dobraram seus valores em 8 dias, saltando de 13.717 casos, no dia 07 de abril, para 28.320,no dia 15 de abril. Com relação aos óbitos, em 5 dias ocorreu o dobro de eventos. Foram 486 mortes até o dia 05 de abril, e em apenas 5 dias as mortes saltaram para 1.056 óbitos, conforme o estudo.
Menos casos x isolamento adequado - Em outra tabela, a Fiocruz mostra o crescimento na quantidade de casos por semana: entre 29 de março e 4 de abril, foram 10 novas confirmações; de 5 a 11 de abril, 8 e entre 12 e 16 de abril, 5 casos confirmados em Mato Grosso do Sul. Ou seja, houve redução de confirmações semana após semana.
Na avaliação da fundação, “esse decréscimo pode ter relação com as medidas de isolamento social, dado que a comparação com outros países torna evidente o comportamento similar em várias partes do mundo”.
Ainda sobre isso, a Fiocruz pondera que a redução no número de casos “podem ocorrer em função de diversos fatores como: o estabelecimento de medidas mais ou menos restritivas para as atividades econômicas; redução da oferta ou mesmo proibição de linhas de transporte inter e intramunicipais; da capacidade de diagnóstico clínico e laboratorial, com realização de mais testes, entre outros”.
Os dados do último boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram total de 175 casos confirmados e seis óbitos registrados.
Brasil – A fundação mostra que, entre os países comparados, o Brasil apresenta o menor número de dias para dobrar o número de óbitos. No Brasil, entre os dias 5 e 10 de abril, os óbitos saltaram de 486 para 1.056 — em apenas 5 dias.
No Equador e Estados Unidos os óbitos dobraram em 6 dias. Itália e Espanha, em 8 dias. Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, os óbito dobraram, respectivamente, em 8 e 6 dias.
